Hoje, a Dona Maria quis confirmar se ainda tenho o mesmo número de telemóvel que lhe dei há quatro anos atrás. Tem-no guardado na agenda mas nunca o marcou, apesar de já ter precisado uma ou duas vezes. Não gosta de incomodar as pessoas, diz ela. Mas hoje o discurso foi diferente. Não se tem sentido bem e acha que mais dia menos dia vai precisar da minha ajuda. E eu, que estou mais habituada a admirar o vigor e a juventude que emana do alto dos seus 85 anos, fiquei com o coração muito apertadinho. Mesmo!
Acabei de ouvir bater uma porta lá em baixo. Que barulhinho tão bom.
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