segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Estou prestes a ter um fanico

Se forem a passar agora na minha rua tenham cuidado!!!! Arriscam-se a levar com um pc portátil na cabeça.
A janela já está aberta... Estou só a tomar balanço.

Aqui vai diiiiiiistoooooooo...

Ai carago! Esqueci-me de o desligar da ficha. Pode ser que o solavanco lhe tenha feito bem. Do género "agitar antes de abrir".

Caso contrário, dou-lhe uma dentada com estes meus caninos po-de-ro-sos!!

A porra do post só pode estar embruxado. Se for para vir aqui escrever «blogotretas» já me deixas publicar?
É favor ler a palavra «blogotretas» com a devida acentuação no «r», sim?

PS: Já punhas um aparelho nesses dentes, não? 

sábado, 29 de janeiro de 2011

Dos 0 aos 35 em… 60 segundos.

Eu já fui:
A menina do papá.
A menina a quem a mamã fazia totós.
A mana mais velha que conseguia chegar aos armários mais altos.
A menina que tinha medo da Pantera Cor-de-Rosa e do Pinóquio.
A aluna mais aplicada da escola primária.
A Maria Rapaz que jogava à bola com os meninos.
A menina a quem escreviam bilhetinhos com promessas de amor.
A menina que escrevia bilhetinhos e punha corações nas pintinhas dos “is”.
A menina mais feliz do mundo.
A menina que encontrou a avó sem vida.
A menina que já não queria viver.
A adolescente que queria morar numa cidade grande.
A adolescente que tinha o quarto cheio de posters.
A adolescente que era expulsa das aulas.
A adolescente rebelde a quem se queria dar um estalo.
A adolescente que chorou por amor a ouvir o Don’t Cry e o November Rain.
A miúda que se reconciliou com a vida.
A miúda da aldeia que conseguiu entrar na faculdade.
A miúda que foi viver para Lisboa, cheia de sonhos na mala.
A miúda que pensou que ia mudar o mundo.
A miúda que dançava horas seguidas no Alcântara Mar.
A miúda que viveu um grande amor na faculdade.
A naba que se perdeu numa prova de orientação na Serra da Arrábida.
A miúda que queria ser uma mulher independente.
A namorada que teve medo de ser pedida em casamento.
A estagiária sem nome mas cheia de projectos.
A menos experiente no local de trabalho.
A que conseguiu a independência que tanto queria.
A que ganhou experiência, maturidade e se cansou de tentar mudar o mundo.
A que percebeu que o mundo a estava a tentar mudar.

Eu já fui tantas coisas boas e tantas coisas más. Umas já esqueci, outras não.

E também já fui menos chata nos meus post’s mas hoje faço anos, por isso tenho desculpa!

;)

E se demoraste mais do que 60 segundos a ler isto… só vejo uma explicação:
Imagem: Funz

Parabéns para mim e um dia fantástico para todos vocês que passam por aqui. Mas não me cantem os parabéns... que fico corada.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Malvada Bota Botilde

Hoje deu-me para a melancolia. Posso-vos dizer que isto está tão mau, mas tão mau mesmo, que estou a escrever isto e a ouvir o Don’t Cry. É grave, eu sei! Mas não deixa de ser bom recordar, também, aquele tempo em que o Axl pesava menos de 200kg (passo a “hipérbole”).
Andei a ver fotografias antigas e, quando passei os olhos por uma em particular, senti um certo desconforto. Nunca o tinha sentido antes, mas já não via a fotografia há muitos anos. E, se um certo alguém nunca tivesse levado um certo apresentador de televisão a uma certa casa de Elvas, eu não teria sentido o tal desconforto. Sim, porque ver uma fotografia de uma criança feliz, a brincar, é uma coisa enternecedora. Mas, depois de nos termos deliciado com as feições inocentes e o sorriso puro da criança (neste caso, eu), acabamos por nos concentrar no contexto da foto. E é precisamente nessa altura que damos de caras com a Bota Botilde. E, por muito angelical que seja a criança da fotografia (que é), depois de termos posto os olhos em tal brinquedo o que é que nos vem logo à memória?!
Carago, pá!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ver demasiados documentários… ainda há-de arruinar a minha vida social.

Se eu não tivesse visto aquele documentário sobre os Bonobos, jamais saberia que eles têm relações sexuais antes de comer – para controlar a agressividade que a competição pela comida possa despoletar. Ou seja, antes que comece tudo à paulada pelo melhor pedaço, apressam-se a ter relações sexuais para diminuir a excitação. Talvez venha daqui aquela máxima do make love not war, mas agora já estou a pisar o terreno movediço das hipóteses. Depois de fazer o amor, já convenientemente relaxados, saboreiam a comida em ambiente de plena harmonia. Primeiro as fêmeas, depois os machos (gosto disto).

Ora, uma pessoa vê um documentário destes e, uns dias depois, leva com uma senhora na padaria, que insiste em dizer que chegou primeiro do que nós. “Ó minha senhora, faça favor de me passar à frente. E digo-lhe mais: ainda bem que não somos Bonobos”.

Para além da senhora me ter passado à frente (sim, eu estava primeiro), ainda foi a resmungar, pela rua fora, a dizer que eu lhe tinha chamado um nome feio. E eu, estava a ver que tinha de esquecer o pão, e dar à sola, antes que as pessoas me saltassem para cima... e ficassem com o meu ADN debaixo das suas unhas.

Imagem: abeautifulrevolution.com

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Isto começou tudo com o “abana peras”

Quando, a meio de uma formação com os colegas de trabalho, a formadora diz qualquer coisa como “vamos fazer Role Play”, nós olhamos à nossa volta, esboçamos um sorriso semi-diabólico e pensamos “isto vai ser divertido”. Quando, momentos depois, nos calha o papel da pessoa alcoolizada, que está num bar e insiste com os amigos para continuar a beber, nós pensamos “oh diacho”…

E, enquanto me preparava para “vestir a pele” da alcoolizada, veio-me à memória aquela tarde (há uns bons anos) em que ri a bandeiras despegadas, a imaginar a cena que um amigo (que tinha ido ver «As Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos») me contou: os actores foram à plateia e escolheram uma moça e um moço, que arrastaram para o palco. O moço tinha de correr de um lado para o outro, várias vezes, e a moça (só) tinha que dar um grito de desespero, durante a correria do seu amado (o moço).

Enquanto ele ia descrevendo o acontecido, eu ia intervalando as risadas com frases do género: “eia ca gandas cromos”… “que nabos”…
O que eu não sabia é que, dali a umas horas, eu ia estar no palco a puxar pela goela, para dar um grito “comme il faut”, coisa que só me saiu bem à terceira. E, enquanto aquilo não saiu nos decibéis adequados, estive ali, em cima do palco, a tentar não me deixar intimidar pelos olhares e gargalhadas histéricas da plateia. Não vos vou mentir, houve ali um momento, ou outro, em que me apeteceu arrancar a cabeleira a um dos actores… E foi, precisamente, num desses momentos que me saiu um grito que ecoou pelo teatro inteiro. E foi mesmo um grito de desespero, embora o móbil não tenha sido o “amado” que corria desorientado pelo palco.
Elenco da altura (1996-1999)
Imagem: Website da «Companhia Teatral do Chiado».

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Caçadora de Talentos

Temo que o novo programa da SIC não tenha o sucesso esperado. Ou, pelo menos, o sucesso que eu espero. E, à falta de talento próprio – a menos que haja lá uma rubrica para pessoas que conseguem fazer crepes e “alcatifar” o chão da cozinha, simultaneamente – não vejo outra alternativa senão convencer quem de direito.
Não me parece que vá ser muito fácil convencer o Sr. Aníbal da Rua de Cima, que consegue conduzir com 5g/l de álcool no sangue. As pessoas alcoolizadas tendem para a teimosia. Mas já tenho uma estratégia: vou meter uma cunha para a Bárbara, essa magnífica apresentadora de televisão, lhe prometer bar aberto.
Mas se a Bárbara me falhar (não sei até que ponto ela pode mexer os cordelinhos sem parecer mal ao senhor seu marido), aposto no tipo que tem um CD pendurado no retrovisor do carro porque “aquilo manda com os radares de controlo de velocidade pelos ares”. Até podíamos convidar os senhores da BT para levar um radar e comprovar logo ali, em directo, a capacidade explosiva da coisa. Se for um CD do José Cid, é ver a assistência a levar com pedaços do radar na mona – e as audiências a subir, a subir.
Assim de repente, parece-me boa ideia excluir a moça de cabelo oxigenado que na quarta-feira roubou um batom no supermercado, ela não serve – foi apanhada pelo segurança. Não tem talento.
Os próximos tempos não se me afiguram fáceis. Mas o que é que uma pessoa não faz pelo bem do entretenimento nacional?

domingo, 23 de janeiro de 2011

Façam o favor de ser felizes, mas levem a «vaga de frio» a sério!


Imagens: FUNZ

In(Cómodo)

Logo à noite… Os canais todos da televisão nacional a transmitirem pré-pré-sondagens, seguidas de pré-sondagens e, finalmente, de sondagens – mesmo antes dos resultados finais. Comentadores políticos e ex-políticos – disfarçados de comentadores políticos – a darem a sua opinião. Reportagens de pessoas na rua, em completo êxtase, a mandarem os seus bitaites – e os seus perdigotos por entre as falhas na cremalheira – a tentar montar o repórter, dizendo adeus com uma mão, e na outra o telemóvel para avisar a família da breve aparição na televisão. E o repórter, a tentar fazer-se ouvir por entre os gritos alucinados de quem o tenta montar, a terminar com um “foi a reportagem possível”. E, como um mal nunca vem só, ainda teremos de ouvir discursos e mais discursos, os da derrota e o da vitória (agora lembrei-me da filha da outra, daquela que pensava que a mãe era uma árvore).

E tudo isto para quê?
Para se saber que vai ganhar o senhor de Boliqueime?

Bendita TV por cabo.

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Tudo o que acabaste de ler está (obviamente) escrito na linguagem dos P's, para não violar aquela coisa do «dia de reflexão». Tu é que dominas tão bem essa linguagem encriptada que nem te apercebeste!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Olha aquela desavergonhada… Vai comprar preservativos!

Hoje, enquanto procurava o meu cartão multibanco dentro da mala, mesmo em frente a uma caixa automática, senti-me observada. Três senhoras, sentadas num banco de jardim, fitavam-me e comentavam qualquer coisa com ar de desdém. Ao lado da caixa automática estava uma outra – de venda automática de preservativos – e eu estava parada mesmo em frente a essa, pensando que era a de levantar dinheiro. Não sei o que elas disseram mas, enquanto esperava que as notas saíssem, não consegui segurar uma gargalhada.

O que pode fazer uma pessoa senão rir-se? É que não me estava nada a apetecer dar-lhes uma aulinha de Educação Sexual… Muito menos explicar-lhes o que é a SIDA.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

“Pro Evolution Suckers”

E se nas nossas vidas existisse a possibilidade de apagar certas coisas com um simples Ctrl X? Era carregar e ver tudo a desaparecer… E quem diz coisas, diz pessoas, diz momentos, diz… Bem, também não seria mau de todo se a tecla Z estivesse por perto – não fosse a malta arrepender-se de qualquer coisita acabada de apagar… Agora que penso melhor no assunto, as teclas C e V também poderiam ter a sua utilidade.

Mas, agora que penso (ainda) melhor no assunto, isto era capaz de nos trazer algumas contrariedades – a menos que estes comandos fossem privilégio de poucos. Imaginem que eu tinha acabado de fazer Ctrl C + Ctrl V no Reynaldo Gianecchini. Amanhã, quando descesse as escadas do prédio com ele, a minha vizinha fazia logo Ctrl X em mim. O que me ia valer é que o Reynaldo (reparem que já o trato só pelo primeiro nome) fazia logo Ctrl Z e eu aparecia outra vez. Ufa!

Ou então, talvez esta demência que se apoderou temporariamente de mim seja só isso: demência. Mas espera lá… antes que a demência desapareça por completo (assim espero), ainda tenho tempo para chegar a outra brilhante conclusão (até vos faz cerrar os olhos de tão brilhante que é): parece-me que Ele – aquele a quem apelidaram de Deus – é bem capaz de ter um teclado desses. E, enquanto nós jogamos PlayStation, ele joga o seu "Pro Evolution Suckers".

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Naquele tempo, duas pastilhas Gorila faziam milagres...

Ontem li um artigo sobre bullying e, imaginem, descobri que eu já fui vítima de bullying. Eu, o meu irmão, a minha amiga de infância, os meus primos, os primos dos meus primos, os meus vizinhos e, imaginem, até o meu primeiro gato.

Não sei como consegui sobreviver ao ensino primário com o L. a apelidar-me, constantemente, com a alcunha (medonha) do meu avô paterno, ou com a S. a chantagear-me, dia sim, dia não, para eu fazer o que ela queria, sob pena de contar à minha mãe que eu jogava à bola com os rapazes. Ou, já no ciclo, com os rapazes a apalparem-me e a levantarem-me a saia quando passava por eles, ou a ter de resolver a parte da gramática nos testes de Inglês da M., sob pena dela dizer à minha mãe que eu não almoçava na cantina - para comprar pastilhas Gorila com o dinheiro da senha. É que não sei mesmo!

Talvez todo este historial me tenha traumatizado a um nível que eu jamais poderei avaliar... Não me parece que uma pessoa traumatizada goze de discernimento capaz de avaliar tais danos. Ou então não! Talvez tenha crescido, talvez tenha aprendido a defender-me. Talvez tenha percebido que nem tudo é fácil, nem tudo é perfeito, mas se nos impusermos um bocadinho hoje, um bocadinho amanhã, talvez possamos mudar alguma coisa.

Algures durante o complicadíssimo processo de desenvolvimento da minha pessoa, o L. levou um estalo, a S. só precisou de ser ameaçada com um (ela bem viu a minha direita poderosa quando esbofeteei o L.) e a M. vendeu-se por duas pastilhas Gorila. Quanto aos meninos que me apalpavam e levantavam a saia, também levaram um estalo, mas foi do Director da escola que, certamente, tinha uma direita melhor do que a minha (sim, à vezes o Director "sacudia-nos o pó").

“Úúú queixinhas…”
Pois fui! Queixei-me.
E o que é isso comparado com a minha bunda ao léu, quase todos os dias? Nada. E, pelo menos, não tive que disfarçar o incómodo que me causava ficar com a mão a ferver…

Imagem: abeautifulrevolution.com

Sabes que estás a ficar velha quando (2):

Pegas na pen drive e recordas aquele tempo em que ias à loja comprar disquetes de 5'' ¼.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Eu quero ser Virgem!

Vou fazer uma análise profunda sobre o que espera os signos Capricórnio e Aquário no próximo ano, para ver qual dos dois me agrada mais. Assim, uma espécie de «Estudo de Viabilidade Zodiacal». Acho que vou mesmo fazer uma tabela em Excel e atribuir pontos a cada parâmetro. Estou é muito indecisa no peso a atribuir a cada um deles. «Saúde» parece-me um aspecto a valorizar, mas entre «Amor» e «Dinheiro» estou muito indecisa. Talvez o «Dinheiro» … se o «Amor» me falhar pego no «Dinheiro» e vou fazer uma viagem pelo mundo, para espairecer. Oh, mas fazer a viagem sem companhia é chato… Diacho!
Será que esta indecisão é característica dos capricornianos ou dos aquarianos? Ou será já uma crise de personalidade?
Eu gostava era de ser Virgem. “Xô” gente de pensamentos depravados! Eu disse Virgem porque os nativos de «Virgem» têm fama de ser muito organizados e metódicos. Aposto que a porra da tabela até se fazia sozinha.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

(Im)Pertinente

Talvez por ter passado por uma experiência quase limite (eu disse «quase»), confesso que não tenho muita paciência para pessoas que têm achaques e episódios de “quase-AVC” de cada vez que aparece um risco novo no carro. Muito menos quando o risco é novo e o carro é velho. Poupem-me, carago! Aprendam a dar valor às coisas verdadeiramente importantes… Ok, é chato ter um risco no carro, mas é bem pior receber 150€ do sucateiro, em troca de um carro acabado de pagar no mês anterior.

Sim, eu já mandei um carro prá sucata. Ups! E foi fácil: no momento em que aquele cãozinho amoroso cruzou o meu caminho, vindo do nada, eu fiz uma tangente (mal calculada) e derrapei na areia da berma da estrada. Bom, tendo em conta que nem raspei no canito, até não foi mal calculada. Mas se aquilo não tivesse acontecido eu jamais iria descobrir as potencialidades que o meu carro tinha como ginasta acrobata. Então não é que ele conseguiu fazer um duplo mortal em piso acidentado? – Uma ribanceira. Aquele carro era um espectáculo. Paz à sua alma. Ámen.

Mas teve um fim digno! Horas antes tinha saído da oficina com um rádio novo e foi atestado na bomba de gasolina. Até parecia que a dona (eu) tinha adivinhado «O Fim» e lhe estava a conceder últimos prazeres. Quase como os condenados do “corredor da morte” que têm direito a degustar o seu prato preferido na última refeição. Se fosse a minha última refeição eu confesso que demoraria horas para me decidir entre um bacalhau com natas ou um cozido à portuguesa. Será que me davam os dois? Talvez não fosse boa ideia, era capaz de ficar mal disposta. Ah, espera, isso não importa – eu ia morrer na mesma. Já me estou a perder ... [LOADIIIIIING] ... Aterrei de cabeça voltada para cima – menos mal – mas o carrito ficou um pouco, digamos, desfeito. E aquelas voltas todas, de estômago, digo, depósito cheio fizeram-lhe uma certa azia. Daquela que parece que temos uma fogueira cá dentro, sabem? Ainda soltou umas faíscas e umas labaredas (pequeninas) pelo motor. Eu percebi que ele não estava para brincadeiras, apanhei rapidamente os pertences, que estavam mais à mão, e pirei-me dali como se não houvesse amanhã (e por pouco não havia). É que eu, que talvez tenha visto demasiados filmes, já estava a ver aquilo a acabar numa explosão, com direito a nuvem em forma de cogumelo e tudo! E enquanto corria só pensava que o MacGyver era gajo pra me safar daquilo com uma perna às costas… Se bem que, dadas as circunstâncias, uma boleia do Michael Knight no seu Kit também me dava jeito... Talvez tivesse as ideias um pouco turvas naquele momento.

Tirando uns dentes partidos e um traumatismo facial, eu fiquei bem (tendo em conta que podia quinar, certo?). Já percebem por que é que me irritam as pessoas cocós com a pintura dos seus carrinhos? Não? Querem que eu conte outra vez? Ok.

Eu ia na estrada e, de repente, aparece-me um canito…


Imagem: GoogleSearch.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O que vale é que aquele objecto estranhíssimo tinha instruções

1º - Pegar numa palhinha.
2º - Mergulhar a palhinha na bebida preferida.
3º - Levar o copo à boca e desfrutar de uma sensação refrescante.

Eu nem sequer vou questionar o facto de um copo conter "manual" de instruções. Eu sei lá se elas são necessárias para alguém. Lá porque eu sei como se processa o complicadíssimo ritual de enfiar uma palhinha num copo, e beber, isso não quer dizer que toda a gente sabe, ou que tem de saber. Eu também não sei em que botão de uma qualquer máquina teria de carregar, se a linha de produção de uma fábrica de rolamentos começasse a “engasgar”.
E, agora que penso nisso, eu já soube fazer muitas coisas que, entretanto, me esqueceram. Quem me garante que, amanhã, eu vou saber o que fazer perante um copo de sumo do "Mac".
Ninguém.

O que realmente me inquietou foi a contradição dos passos 2 e 3. Afinal, se um dia destes eu acordar com palpitações Alzheimerianas, é para beber pela palhinha ou pelo copo?

Imagem: htforum.com

I’m in love – somebody slap me, please!

Há pouco, passei por ele e juro que tive a sensação de que os seus olhos azuis me tentavam hipnotizar. Ainda me lembro da primeira vez que o vi, fiquei fascinada! Tem um olhar penetrante mas ao mesmo tempo distante. Apeteceu-me trazê-lo para casa e nunca mais o deixar sair. Mas isso era capaz de ser considerado rapto - o que não é bom. Além disso, alguém iria certamente sentir a falta dele. Seria muito egoísta da minha parte. Restam-me estes curtos momentos em que nos continuaremos a cruzar na rua. E não perco a esperança de que, um dia destes, ele perca a vergonha e se venha roçar em mim.
Acho que estou apaixonada pelo gato da minha vizinha, carago!

Freud, renasce do mundo dos que já quinaram e explica-me isto como só tu sabes… (Ó Melinda, dá lá uma forcinha sff!)

domingo, 9 de janeiro de 2011

Os Kurt's da minha vida.

Estava aqui a ver o Nuno Norte (com este apelido, só podia ser bom) a cantar o “Come as You Are” e lembrei-me daquele dia em que chorei baba e ranho, porque a minha mãe não me deixou ir a Cascais ver o concerto dos Nirvana. Eu era demasiado nova para fugir de casa (mas só por uns dias) e nem sequer sabia se Cascais ficava longe ou perto da “santa terrinha”. De modos que a coisa não se deu. Além disso a minha mãe nem sequer sabia o que era isso dos Nirvana - e acreditem que pôr um CD a tocar, para ela ouvir, não foi uma ideia boa. Ainda por cima, o mano fez questão de lhe explicar o significado da palavra rape. Não foi bonito. Pensei que, ver os Nirvana ao vivo seria mais uma das coisas que eu iria fazer quando fosse mais velha. Mas não, ele tinha que dar um tiro na cabeça e estragar-me os planos (bad joke). Mais baba e ranho naqueles dias. Pelo menos não tinha o penteado do Bieber.

Continuei fã incondicional da banda e, anos mais tarde, baptizei um cocker spaniel, que uma “ex-alma gémea*” me deu, com o nome de Kurt. [* If you know what i mean, Ricardo?]

Como muitas outras coisas que os filhos acabam por "despejar" em casa dos pais, o Kurt, por razões alheias à minha vontade, acabou por ir viver para a “santa terrinha”. A qualidade de vida dele aumentou 200%, e isso foi o mais importante. Jardim para correr, amiguinhos de 4 patas para brincar e, mais importante do que isso, estava sempre alguém em casa. Os cocker sofrem muito com a solidão.

O Kurt, ano após ano, acabou por ser o “neto” que os meus pais (ainda) não tiveram. O «ainda» está ali por razões meramente psicológicas. Adiante. Foi a alegria daquela casa. Mas, infelizmente, já não está cá. A família andou deprimida durante semanas a fio. Dizem que não querem mais cão nenhum, que aquele foi “O” cão.

O Kurt Cobain marcou uma geração inteira. “O” Kurt marcou a minha família.

Ainda sinto o coração aos pulos, carago!

Quando uma amiga nos diz “vou comprar tabaco, não demoro nada”, nós pensamos que não há qualquer problema em ficarmos em casa dela com as suas duas filhas, é por pouco tempo. Se a campainha toca pouco tempo depois quem é que nós pensamos que é? A amiga, dona da casa, certo? Errado! Eram praí vinte pessoas, que eu nunca vi mais gordas, que começaram imediatamente a cantar as Janeiras, ainda a porta se estava a abrir. A cantar e a tocar guitarra, com sorrisos de orelha a orelha. E eu, que com aquele susto fiquei com as pulsações a 300 (no mínimo), enquanto eles cantarolavam só pensava numa coisa: “O que é que eu faço quando eles acabarem? Será suposto dar-lhes alguma coisa? Dinheiro? Comida? Oh God… help me!”. E aquilo nunca mais acabava. Eu ali em sofrimento, de pé, e a pensar se não seria melhor fingir uma qualquer enfermidade mental e bater-lhes com a porta na cara. E quando eu estava prestes a decidir-me, entre fazer uma imitação do Jim Carrey, versão feminina, no filme “A Máscara” ou encarnar o mau feitio do Archie Bunker, a música parou e eles ficaram a olhar para mim, em jeitos de quem espera qualquer coisa…

sábado, 8 de janeiro de 2011

Morreu uma pessoa. Tenham respeito se faz favor!


Imagino que muitas pessoas (tal como eu) tenham ficado chocadas com a notícia e as circunstâncias da morte de Carlos Castro. Muito se há-de dizer e escrever. Muito será verdade e outro tanto, ou mais, mentira.

O que importa, a meu ver, é que um homem foi brutalmente assassinado e que a família e os amigos estão em profundo sofrimento.

Há que respeitar isso, minha gente (minha não, que vocês não me são nada, graças a Deus, ou a outra coisa qualquer). É profundamente nojento ler o que certos energúmenos escreveram, até agora, na página de fãs do facebook do suposto homicida. Desde insultos a homossexuais, piadas com as palavras “castro” e “castrado” e sugestões para que o modelo castre outras figuras públicas, é um sem número de atrocidades e maldades que me fazem pensar que, de facto, “os animais são nossos amigos”.

Estou profundamente indignada com o que li e, hoje, perdi um pouco mais a esperança na humanidade!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sabes que estás a ficar velha quando:

Passam imagens do casamento da Princesa Diana na televisão – por causa da histeria do casamento do filho – e tu te lembras desse dia. Desse e daquele em que enterraram o Ayrton Senna (paz à sua alma).

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Tenho um "olho à Belenenses", mas continuo a ser do Benfica.

Esta parte do post chama-se: Onde está o salto?

A caminho do dentista, partiu-se-me o salto da bota. Não cheguei a malhar no chão mas, quando dei por ela, andava meia dúzia de gente - que eu nunca vi e espero nunca mais ver – a procurar o salto. Era bem melhor ter caído (desde que ninguém visse). O prémio foi para um menino que ficou encantado por ter sido ele a encontrar. Agradeci e segui o meu caminho cambaleando e com a minha vaidade a rastejar atrás de mim.

Eu bem que podia terminar aqui, fazendo uma ode à solidariedade humana e dizendo que, afinal, ainda se encontram pessoas boas neste mundo. Pessoas capazes de perder uns minutos do seu dia para procurar o salto da bota de uma estranha. Se quiserem não leiam o resto.

Esta parte do post chama-se: E preliminares, não há?

Nas escadas do prédio do consultório, tentei colar o salto com super cola 3. Sim, tinha uma bisnaga na mala e não me apetece explicar por quê. Foram três minutos que pareceram três dias, e a coisa nem sequer colou em condições. Já na sala de espera, onde entrei coxeando, fui atacada por um “lulu” que, sem pré-aviso, aviou a minha perna sem dó nem piedade, apesar dos puxões de trela da dona. Logo agora que a minha vaidade começava a recuperar... Apeteceu-me dar-lhe um safanão mas tive medo que o salto se descolasse. Terá sido o cheiro da cola? Malvado canito. Não é que me faça confusão, mas o que estava um canito a fazer na sala de espera de um consultório? Será que a dona tinha uma Birkin Dog Bag?

Esta parte do post chama-se: Aprendeste a tratar entorses na faculdade de medicina dentária ou tás numa de me apalpar a perna?

Sim, o dentista queria ver o meu pé porque eu disse-lhe que o tinha torcido. Tava a ver que o gajo ia descobrir que, além de ter perna curta, a mentira também coxeia.

Esta parte do post chama-se: O que é preciso fazer para um sapateiro vos dar uma borla?

Separada dele por um balcão, observo-o a consertar-me a bota. Está visivelmente irritado com a falta de qualidade do fabricante. “Isto nunca mais lhe vai acontecer menina” (e PUMBA - com toda a força) … “Parece impossível” (e PUMBA outra vez - com mais força). E no meio daquele pumba, pumba, pumba, a cabeça do martelo solta-se do cabo, faz ricochete no balcão e pumba na minha cara. É verdade! O filha da p… do martelo bateu-me mesmo por baixo do olho direito.
Por entre as estrelas e os colibris cantantes, consegui ver a expressão horrorizada do senhor. E, enquanto ele se desfazia em desculpas, eu tive uma reacção que deve ter parecido, já, uma sequela mental da pancada que acabara de sofrer: tive um ataque de riso. E não conseguia parar, apesar da dor lancinante e de parecer que tinha ganho um novo coração, mesmo no sito da pancada. Esta parte talvez ficasse melhor num parágrafo separado, com o título - Afinal, ela ficou com sequelas!
O conserto da bota ficou por conta da casa.

Tenho um olho negro mas, em contrapartida, tenho uma bota com um salto inquebrável. Já está no contentor do lixo, mas o salto é inquebrável.

Moral da história: Vaso ruim não quebra.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

2ª Promessa para 2011

Pegar no livro “Os Versículos Satânicos” do Salman Rushdie, e conseguir ir além da 40ª página. Já não suporto ver aquela lombada, ali na prateleira, a gozar comigo, ano após ano.

A última vez fiquei mais ao menos aqui:
“Gibreel Farishta começara a ter, sem qualquer motivo aparente, hemorragias em todas as vísceras, e estava muito simplesmente, a esvair-se em sangue por debaixo da pele. No pior momento, o sangue desatou a correr-lhe do recto e do pénis, e dir-se-ia que a qualquer momento irromperia torrencialmente pelo nariz e pelos ouvidos e pelo canto dos olhos. Sangrou durante sete dias, e recebeu transfusões, e todos os agentes coagulantes conhecidos da ciência médica, incluindo uma forma concentrada de veneno para ratos, e embora o tratamento resultasse numa ligeira melhoria os médicos deram-no como um caso perdido.
(…) Gibreel recuperou.”

Ganda Gibreel!!

Já me dou por satisfeita se conseguir, pelo menos, memorizar os nomes esquisitos das personagens, carago! E tantas que elas são… Sabem quem é o Salahuddin Chamchawala? Acho que é o filho do Changez Chamchawala. Ou talvez o contrário... Mas, a mãe tenho a certeza que é a Nasreen Chamchawala. E Ismail Najmuddin? E Babasaheb Mhatre? A Naima Najmuddin é capaz de ser qualquer coisa ao Ismail, mas nunca cofiando. De qualquer forma não interessa, ela morreu, “um autocarro atropelou-a”.
Pfffff.

2011 não vai ser um ano fácil.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

1ª Promessa para 2011

(Sugestão: ler este breve post imaginando que se ouve “Eye ok the tiger”... Alto, muito alto...)

Pôr em prática um plano (altamente arriscado) que engendrei mais ao menos por volta de 1415 (confesso que a conquista de Ceuta me encheu o peito de ar): ir para o ginásio.

Só de pensar na música até parece que já sinto os gémeos e o six pack a enrijecer. É que parece mesmo, carago!