terça-feira, 30 de novembro de 2010

José Sócrates licenciou-se em Coimbra! Não sabiam?

O site da Columbia University diz o seguinte sobre José Sócrates, o nosso primeiro:
He was born in 1957 and spent his early years in the city of Covilhã. At the age of 18 he went to Coimbra, where he earned a degree in civil engineering. He received an MBA in 2005 from the Lisbon University Institute.

Coimbra????!!!!!!!!!???????

O mais grave é que, segundo o site, estas informações foram dadas pelo Gabinete do Primeiro Ministro!


Eu vi o Mourinho perder um jogo e sobrevivi!

É só isto!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Insólitos “santa terrinha”: vou ao quintal apanhar azeitonas e saio de lá com uma cobra enroscada na perna?!

Hoje cai neve na “santa terrinha”. Nada de anormal, a “santa terrinha” fica bem lá em cima (no nuorte) e estamos no final de Novembro. O que não me parece que seja muito normal é, há apenas duas semanas atrás, num dia solarengo, a vizinha dos meus pais gritar por socorro, no quintal, porque tinha uma cobra enroscada na perna!

[Arrepio que me impede de teclar durante uns segundos, esperem um pouco!]

A senhora foi ao quintal apanhar umas azeitonas, pisou uma coisa que se mexeu e, às duas por três, sentiu um aperto desconfortável na perna. Quando olhou para baixo e viu a dita “escomungada” (o meu pc não sabe o que é "escomungada") entrou em pânico e vá de gritar e sacudir a perna. E gritou mais e sacudiu ainda mais a perna! Lá se conseguiu livrar da bicha e fugiu para casa apavorada. Quando os seus “salvadores”, finalmente, chegaram (a locomoção rápida já não mora por ali) já não viram bicha nenhuma!
Eu nem sei o que é mais perturbador: se a bicha andar por ali nesta altura do ano (as alterações climáticas baralharam a marmita da bicharoca) se o facto de nunca mais a terem visto (e abespinhada que ela era)!? Onde andará ela agora?

A vida na “santa terrinha” afinal não é assim tão tranquila! Este episódio a juntar a outro, uns dias antes, em que outro vizinho viu um milhafre em voo picado, vai acima vai abaixo três vezes, e das três vezes abocanha uma galinha, faz um qualquer programa do canal Odisseia ou Discovery parecer uma novela portuguesa (daquelas em que nunca acontece nada... Aah... pois é, são todas!).

Talvez seja melhor começar a prestar atenção aos ensinamentos do Bear Grylls. Eu até sou mais da geração MacGyver mas não me parece que o know-how do engenhocas me fosse valer de muito numa aflição no mundo selvagem.

Previsão para uma qualquer manhã das férias de Natal: acordo com o cantar do maldito galo tenor, subo a persiana e dou de caras com o Bear Grylls pendurado no azevinho do jardim, a comer a cobra abespinhada!

[Outro arrepio!]

"Está a nevar. Beijinho."

Diz a sms da minha mãe!
Falhei a neve por 24h - que sorte!
Brrrrrrrr [frio psicológico]

É incrível como o nosso organismo se adapta ao clima de uma região. Quando, no auge dos meus 18 anos, fui viver para Lisboa, achava incrível as pessoas usarem casacos grossos, gorros, cachecóis, etc., quando eu ainda andava de blusa ou t-shirt. "Que gente fraquinha", pensava eu, "lá na santa terrinha não escapavam a Janeiro". Agora sou uma autêntica flor de estufa. A única maneira de não ficar constipada, quando vou lá, é não sair de casa, ou melhor, não arredar pé da lareira. E pensar que as pessoas lá, mesmo com temperaturas negativas, não deixam de ir beber o seu cafezinho após o jantar. São loucos! "Andas muito fraquinha" dizem-me eles. Onde é que eu já ouvi isto?
As pessoas que não vivem em regiões frias acham imensa piada à neve (oh, até é giro) mas não sabem como é difícil viver numa região assim. Dar três passos e cair, ter de voltar para trás para mudar de roupa. Ou então, perder 10 minutos a tirar o gelo do vidro do carro e começar a perder a sensibilidade nas mãos. Ou abrir a torneira da casa de banho e não sair água porque está congelada nos canos.
É bem diferente de ir à Serra da Estrela, atirar umas bolinhas aos amigos, e voltar para casa no final do dia.

Ok, quando eu era miúda e a escola fechava por causa da neve, era outra conversa! E, além disso, o meu organismo ainda não tinha sido "corrompido" pelas temperaturas amenas da capital.

Fala-se do aquecimento global  e dos seus efeitos nocivos mas parece-me que em Portugal, por ser uma região temperada, a principal alteração será o acentuar do contraste entre a estação quente e a estação fria. E isso é que me preocupa! Um lapão já sabe com o que pode contar (e a camada adiposa que tem debaixo da pele parece-me ser uma ajuda preciosa). Um africano também (e tem lá as suas adaptações ao calor, que eu não tenho!). Mas nós, aqui no jardim à beira-mar plantado, tanto levamos com máximas de 40 graus no Verão, como com temperaturas negativas no Inverno (e nem sequer estamos no Inverno).
Está visto, não tenho grandes hipóteses contra as amplitudes térmicas acentuadas. O mais certo é "não chegar a Janeiro".
Pelo menos, este futuro, que não se afigura nada promissor, tem um aspecto positivo: não tenho de me preocupar com a falência da segunrança social. Não me parece que vá chegar à idade da reforma.
Reina o optimismo por aqui, e a culpa é da mãe que mandou sms tão perturbadora. E a parte do "beijinho" parece-me, agora, sarcástica.

Agora percebo o sonho que tive esta noite: eu e a minha mãe numa casa velha, um cão que insistia em entrar para me filar, eu empurrava a porta com todas as minhas forças e gritava "mãe... mãããeee...", e ela nada!

[Este post parece a Zara em dia de saldos! Muita coisa, qualidade duvidosa, não se percebe bem a que secção pertence o conteúdo e eu vou-me pirar sem rever nada!]

domingo, 28 de novembro de 2010

Braga Parque ao rubro!

Não sei onde tinha a minha cabeça quando resolvi fazer um desvio, na viagem, para ir lanchar ao dito estabelecimento comercial.
Foi agradável percorrer os vários pisos do parque de estacionamento a passo de caracol, na esperança de encontrar um lugarzinho livre.
Adorei o pânico de nunca mais chegar a uma saída, depois de ter chegado à brilhante conclusão de que queria sair dali o mais depressa possível!

Ok, Domingo à tarde… falta um mês para o Natal. Exactamente: FALTA UM MÊS para o Natal!

Oh gente da minha terra: Falta um mês para o Natal, carago!

Sobre a menina Rita e seu vestido decotado

Não sei até que ponto aquele decote não foi uma manobra para desviar as atenções da barriguita. Ou a menina está grávida ou então o facto de ter mudado de ares (de LA para NY) baralhou-lhe o trânsito intestinal! Eu, quando viajo também fico com uma barriguita assim, mamas é que não. Temos (tenho) pena!

O silêncio da independência

É perturbador. Amanhã voltará tudo ao normal mas agora, nas primeiras horas, incomoda. Acordei numa casa cheia de pessoas e vou adormecer numa casa vazia, silenciosa. Essas pessoas são tudo para mim, mas ter a minha casa, o meu espaço, a minha vida, implica viver longe delas.
Amanhã de manhã, quando o despertador tocar, vou ficar um segundo a pensar “onde estou?”. Vou piscar os olhos uma vez e perceber que voltou tudo à mesma rotina de sempre. A rotina que eu escolhi, que me faz sentir adulta, independente, mas que hoje tem um travo amargo.

PS: A uma velocidade média de 120km/h, a “santa terrinha” ficou (ainda) mais longe! Maldita multa :S

[Sem o pijama polar não teria sobrevivido às temperaturas agrestes deste fim-de-semana!]

sábado, 27 de novembro de 2010

Plano para sobreviver, à próxima noite, no Pólo Norte

sem arriscar deslocar a anca, na cama, durante a complicadíssima manobra de virar da direita para a esquerda e vice-versa:
Lençóis polares - done
Pijama polar - done
Mais um edredão (juntinho ao corpo) - done
Saco de água quente - done
Menos três* cobertores do que na noite passada - done

Espero não ter exagerado… é que não me dou nada bem em saunas!

* Ainda sobraram outros 3 :)

Fim-de-semana na "santa terrinha"

Quando acordei de manhã e abri os olhos, demorei um nanossegundo a perceber onde estava. Quando o cérebro processou a imagem captada pelos olhos, fui invadida por uma sensação muito boa: “Estou no meu quarto!”
E depois lembrei-me dos donos que este quarto já teve. Primeiro foi do meu irmão, depois acolheu os meus avós maternos na velhice, depois foi só do meu avô e, mais tarde, esteve vazio durante vários anos. Agora é meu, e está vazio a maior parte do ano.
Depois de arranjar uma táctica eficaz para me conseguir virar na cama, devido ao peso dos (muitos) cobertores, dormi como um anjinho. Não fosse aquele galo cantar às 9h da manhã (aquele malvado) e ainda estaria a dormir a esta hora.
É bom estar aqui!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Não fosse hoje um dia tão especial... e esta multa fazia mossa!

E hoje é um dia especial... porque a MELHOR mãe do mundo faz anos!!!!!!!!!!!!

Parabéns para ela!!!!!!!!!!!

Ok! Vocês acham que a vossa é melhor... tudo bem, quando a vossa fizer anos eu permito (mas só se não for hoje!)

Karma? *

Há uns dias tive de contar uma mentirinha para me escapar a uma coisita. Entretanto já tive de contar outras mentirinhas para sustentar a primeira. A sensação que tenho é que as mentirinhas são uma espiral a rodopiar à minha volta, prestes a sugar-me!

Isto vai acabar mal. Eu não tenho grande jeito para fantasiar e, a determinada altura, já não sei o que disse a quem (maldita a hora em que isto começou).

Anyway… a última mentirinha de apoio que tive de dizer foi hoje, ao fim do dia.

Quando entrei em casa, vinha a subir as escadas e a pensar com os meus botões “tu não és uma pessoa má… estas mentirinhas não prejudicam ninguém…”, até olhei para cima (imaginando que falava com Ele – ou seja lá o que for) e disse baixinho “não me castigues que eu não sou má, não me castigues por favor, por favooooor”…

10 minutos depois o telemóvel toca…

Pai: Olá, está tudo bem?
Eu: Olá pai! Sim, está tudo bem! Que surpresa…

(blá blá blá… conversa típica entre pai e filha que não se vêm pessoalmente há quase três meses…)

Pai: Olha, chegou uma carta para ti… É uma multa da PSP… de 120€…

(Hum)

* Só pode ser! Ora, se a Margaridinha, essa monstra incontornável da nossa pseudo literatura, diz que não há coincidências, não sou eu que a vou contradizer… carago!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Andam a procurar no sítio errado!

Observadores estrangeiros estão surpreendidos com a falta de pessoas nas ruas, em dia de greve…
Alguém lhes pode explicar que em Portugal as pessoas não fazem greve como noutros países!?

Vão procurar nas praias, nos jardins, nos parques infantis, nos centros comerciais, nas “terras”, ou até mesmo dentro de casa, mais precisamente no sofá.
Imagem daqui

Greve de zelo? Ahahahaha… és mesmo otária!

Das duas… três! Ou eu estive em coma duas décadas e ainda ninguém teve coragem de me dizer ou então está tudo enlouquecido e a liberdade conquistada, depois daquela coisa dos cravos, toldou o juízo a muito boa (?) gente!

Desde quando é que as pessoas que não fazem greve começaram a ser hostilizadas? Olhá-las de lado, como quem (no auge da sua imensa ignorância) olha um portador de uma maleita contagiosa, tem algum propósito que me está a escapar?
E, já agora… Estarão essas pessoas, emissoras de tais olhares (à aspirante de mestre de vudu), cientes de que existe uma coisa que se chama “greve de zelo”? Acharão elas que ir bater pernas para um qualquer centro comercial se assemelha a fazer, realmente, greve?
Teremos nós passado de um tempo em que não se podia dizer palavra alguma contra o (des)governo, para um tempo em que se não o fizermos, numa rua qualquer, de apito na boca e envergando cartazes ridículos, com dizeres ridículos e imagens ofensivas, passamos imediatamente para a lista negra dos pseudo-reivindicadores?!

Acabou de passar na SIC que em Miranda do Doura só 7% dos professores e funcionários das escolas da região aderiram à greve!
Oh balha-me Deus que vocês estão tramados! Deixem os pseudo-reivindicadores tomarem conhecimento disto que vocês vão ver como eles mordem…
Aguardo impacientemente pelas notícias de amanhã a descrever a chacina em Miranda do Douro. Não vai ser bonito!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Achas que sabes fazer legendas?

Ver DVD’s pirateados da Net não devia ser crime. Ter de ler as legendas “criativas” é castigo mais do que suficiente!
A determinada altura deixa de ser possível prestar atenção no desenlace da história.

Afinal de contas, qual é a probabilidade de, numa reunião familiar, uma das pessoas abrir uma garrafa de champanhe e outra dizer, enquanto abre o armário dos copos, “eu vou buscar os óculos”?!
E, minutos depois, a meio do jantar, uma das pessoas levanta-se, com o copo em riste, e diz “eu gostava de propor uma tosta”?!

Não faço ideia de como acabou o filme!

Oub’lá Autocrítico: É muito feio ver DVD’s pirateados. [Bad girl… Bad, bad girl!]

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A que se deve “tamanha” clarividência, Bento XVI?

Preservativos? “Yes, you can!”

Porquê agora? O que mudou?

Será uma manobra para desviar a atenção posta nos seus “colegas”, que fazem uma péssima interpretação do “amar o próximo” e do “deixai vir a mim as criancinhas”?
Ou será precisamente por causa deles?
Andará Vossa “Santidade” preocupado com a “caixa de mudanças” dos “colegas” que exageram no engate da “marcha-atrás”? Hein?

PS: Se não tiverem mais notícias minhas… é porque Deus, afinal, existe… e não tem sentido de humor nenhum!!

sábado, 20 de novembro de 2010

Quero ser o quê?... Hã?... História... huuh... $#%#... (*)

Não consigo deixar de me sentir espectacularmente inteligente quando assisto a concursos na televisão. E espectacularmente envergonhada com as respostas que os concorrentes dão. Ok, todos dizem que "a cadeira" embrulha as ideias e eu, como nunca estive lá, tento acreditar que sim. Mas não fico convencida!

Há uns seis anos atrás, quando passou na TV o anúncio do Quem Quer ser Milionário eu pensei: “É desta, carago!”, e enviei a sms com os meus dados.
Uns dias mais tarde, estava eu no sofá, completamente drunfada com dois calmantes na mona (estava a ter um dia de cão, ou cadela, melhor dizendo) e ligam-me da produção do programa.
Sei que a senhora me fez várias perguntas, não me lembro de nenhuma! Tirando uma pergunta sobre qualquer coisa relacionada com História, não sei do que falámos.

O que quer que seja que eu lhe tenha dito foi, certamente, com uma voz arrastada e uma dicção terrível. Ela disse que voltavam a entrar em contacto comigo. Nunca mais me ligaram (?).

Já houve alturas em que me apeteceu concorrer outra vez, mas este episódio não deixa de ser um entrave psicológico na hora de enviar a sms.
Será que eles têm um post-it colado ao pé do telefone, com o meu nome envolto num círculo, a dizer: “Se esta tipa ligar ponham-na em hold até ela desistir!!”?

(*) A culpa foi da senhora da produção que não me perguntou se era melhor ligar noutro dia. Insensível! :|

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Cansaço (ou será já um suave vislumbre “Alzheimeriano”?)

Há uns meses vi-me num dilema gravíssimo (mentira, só foi grave por que sou fumadora, logo, a gravidade que emprego nas coisas poderá ser questionada): não tinha nem isqueiro nem fósforos para acender um cigarrito e não queria sair de casa. A única solução foi pegar num isqueiro quase “morto”, ir ao fogão, acender um bico com a faísca do isqueiro e acender o cigarro no bico do fogão. E repeti o processo tantas vezes quantas as que reduzi a minha vida em oito minutos (espero que sejam os minutos em que vou ter Alzheimer, mas adiante). No dia seguinte a mesma coisa, porque era fim-de-semana e continuava a não querer sair de casa.
Ontem, sem isqueiro, tive um serão idêntico. O problema é que, só ao terceiro cigarro é que percebi que estava a acender o bico do fogão com um fósforo.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Quem tramou o Pai Natal? O Roger Rabbit ou o Krusty?

Esquizofrenias natalícias. Sinto-as a chegar, de mansinho, vindas de todas as direcções. Tanto através de mensagens subliminares como escarrapachadas em montras ou anúncios de perfumes e relógios na TV, e etc. e tal.
O que eu gostava mesmo era que o coelhinho e o palhaço atirassem o Pai Natal do comboio, antes de chegarem ao circo.
Mas, assim, quando o comboio estivesse a andar muito devagarinho, para o gorducho não se magoar porque, afinal de contas, no Natal não se têm pensamentos destes. No Natal somos todos amiguinhos e damos prendas. Muitas prendas.

Oh Pai Natal… se te metes no comboio com o Roger Rabbit e o Krusty… não sei se te safas!?

PS1: Quem tem menos de trinta anos talvez não perceba isto do Pai Natal ir ao circo com um coelho e um palhaço, mas não faz mal.
PS2: Eu gosto do Natal, mas dispenso o Pai Natal.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

E se Henrique VIII tivesse vivido na era Facebook?

Imagino que Henrique VIII, esse grande maluco, dê pulos de pura irritação no seu túmulo, por não ter vivido na era do Facebook e afins!
Personagem mítica na arte de “pular a cerca” e arruinar vidas alheias na corte e arredores, um mísero telemóvel nas suas mãos seria capaz de desencadear autênticas catástrofes. Imagino que, se “twitasse”, os seus seguidores delirariam tanto com o post anual a dizer “hoje tomei banho”, como com o post (quase anual também) a dizer “hoje mandei despachar a minha mulher”, imediatamente seguido do post “estou numa relação”.
Horas intermináveis de Photoshop nas fotos, transformá-lo-iam num poço de sedução idêntico ao Jonathan Rhys Meyers (muitas horas). E quem não quereria ser “amigo” de tal figurão?

Certamente publicaria vídeos no Youtube, ilustrando acrobacias hardcore no leito real, que arrumariam com os downloads de “One night in Paris” a um canto.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

"Mani-pulha-dores"


A manipulação é coisa para me tirar do sério. Reconheço-a a léguas. Quando a sinto achegar de mansinho só me apetece pôr confortável e preparar-me para o que aí vem – quase como quando me acomodo na cadeira do cinema, momentos antes de o filme começar, e penso para mim: “será que este filme vai prestar?”.
Não é mais fácil dizerem directamente o que querem? É que, às vezes, a resposta até podia ser a que querem ouvir mas, depois de tanta curva e contracurva, levam com uma nega que Deus vos valha. Ou então levam com a minha versão de tontinha distraída (e isso até me diverte). Também posso fazer um ar de acéfala crónica em fase terminal - se a ocasião assim o exigir, claro!

Imagem daqui

domingo, 14 de novembro de 2010

Complicações da vida, em espiral

Aos 6
Descobri que varrer o cocó do cão, ao longo da carpete da sala, não era a melhor forma de impedir que a minha mãe soubesse que ele tinha estado lá.
Aos 7
Os ensinamentos da catequese levaram-me a pensar que, se continuasse a esconder, na garagem, as coisas que partia, tinha fortes probabilidades de acabar esturricada no fogo do Inferno.
Aos 8
Percebi que precisava de uma nova estratégia para os rapazes me deixarem jogar à bola – bater-lhes desgastava-me fisicamente e diminuía o meu rendimento no jogo.
Aos 9
Percebi que a garagem não era um bom esconderijo para os despojos da minha traquinice e ficar uns dias sem televisão era o meu Inferno cá neste mundo.
Aos 10
A minha mãe explicou-me para que servia um penso higiénico e eu fiquei preocupada porque pensei que ela estava a enlouquecer.
Aos 11
Fiz uma birra para comprar uma K7 dos Modern Talking e percebi (da pior forma) que reconhecer a fronha dos artistas na capa não era informação suficiente para comprar a K7 certa.
Aos 12
Um rapaz mais velho perguntou-me se eu queria “andar” com ele e eu disse-lhe que ia pensar por que não percebi onde ele queria ir.
Aos 13
Uma amiga mais velha explicou-me como se usava um tampão e quando mo mostrou (tampão e aplicador) eu soube, logo ali, que ela tinha enlouquecido.
Aos 14
Senti na pele as agruras da globalização – o meu irmão descobriu o Wrestling e eu fiz uma entorse num tornozelo, a fugir do Undertaker.
Aos 15
Percebi que folhear uma revista enquanto a cabeleireira nos corta o cabelo, pode ser sinónimo de pedir um corte escadeado e sair de lá com uma espécie de “capacete” até aos ombros.
Aos 16
A globalização continuava a fazer-me das suas - ir à mercearia da “santa terrinha” com uma bandana no pulso e pin’s dos Nirvana, no casaco de ganga, era sinónimo de consumir drogas (e foi complicado convencer a minha mãe do contrário).
Aos 17
Percebi que se não queria que a minha mãe soubesse que eu tinha namorado, o melhor era escolher um sem barba – sempre tive uma pele muito sensível.
Aos 18
Percebi que a quantidade de rapazes que me achava simpática era proporcionalmente inversa ao tamanho dos meus calções ou da minha mini-saia mas, agora, não seria de bom-tom bater-lhes.

E se a falha de memória não fosse uma das complicações actuais, isto continuava por aqui fora até vocês estarem com um tédio descomunal entranhado nesses ossos (partindo do princípio que tinham pachorra para chegar até aqui, claro!). Se eu não me esquecer de tomar as vitaminas para o cérebro, isto há-de ter continuação, mas talvez com um título diferente… qualquer coisa do género “Complicações minhas, em espiral” – a inocência dos early years perde-se e a nossa capacidade para complicar as coisas apruma-se.
Agora sim, compreendo o que Jean-Jacques Rousseau queria dizer com aquilo dos homens bons e da sociedade.

[Que belos 6 anos foram aqueles!]

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Roleta Russa do… Quê? ...

E quando eu penso que a estupidez e a ignorância já não me conseguem surpreender… Pimba!

Parece que os adolescentes portugueses descobriram a “adrenalina” da roleta russa. Isto, por si só, era suficiente para me chocar – jovens idiotas arriscando a própria vida a troco de nada! Mas não ficamos por aqui. Esta roleta é uma variante da tradicional roleta russa, é a “Roleta Russa do Sexo”. Imediatamente somos levados a pensar que, em vez da arma carregada com apenas uma bala, os adolescentes arriscam uma relação sexual com qualquer um dos participantes, mas não! Não se trata só disso. A “bala” não é substituída por uma relação sexual casual, com um estranho (até porque isso, para a maioria dos adolescentes de hoje em dia – infelizmente - já não tem qualquer mistério, muito menos acarreta qualquer perigo ou medo). A “bala” desta roleta é, imaginem, haver, pelo menos, um participante seropositivo. É isso mesmo: SEROPOSITIVO! Ninguém sabe quem é o portador do vírus e a “adrenalina” reside precisamente aí. Mas a estupidez e a inconsciência destes adolescentes não se fica por aqui, pois eles dizem que vêm na cara uns dos outros quem tem SIDA e quem não tem!

Ah sim? Então digam-me lá meninos inteligentes: a SIDA tem cara de quê?

Parece que esta “moda”, que é inspirada nas “Barebacking Parties” (em que é proibido o uso do preservativo) e nas “Russian Roulette Parties” (em que só o organizador sabe quem são os portadores do vírus), chegou ao Algarve, trazida pelos turistas, e já começou a subir por esse país acima.

domingo, 7 de novembro de 2010

“Made in China”

Imaginem, meninas, que vivem na China. A vida não foi senão madrasta para vocês e, por razões alheias à vossa vontade, acabam casadas com um ditador.
O homem raramente viaja porque, apesar de ter muito dinheiro, não é grande simpatia (ele é ditador, lembram-se?). Os convites para jantar fora ou viajar são poucos. Mas, um dia, ele diz que vão a um país chamado Portugal. Não vos dá grandes explicações, balbucia qualquer coisa sobre comprar qualquer coisa, enquanto vos vira as costas. Compras? Yupiiii – Dizem vocês entre dentes, muito baixinho para ele não ouvir (ele tem a mão pesada). Às escondidas, vão ao Google pesquisar sobre o tal país, mas a maior parte das páginas está bloqueada - que estranho! Ainda assim, será agradável sair um pouco de casa, conhecer pessoas novas e fazer compras, muitas compras, porque dinheiro para vocês não é problema.

O país era agradável e as pessoas foram muito simpáticas. O senhor de cabelo grisalho e falinhas mansas deixou-vos algumas reservas mas, como tinha nome de filósofo, dão-lhe o benefício da dúvida. Além disso, vocês estão mais habituadas a um tom de voz áspero e uma mão pesada. Daí o desconforto, provavelmente.

A parte das compras é que foi um pouco estranha.
Nem um saquinho, nem um embrulhinho, nada! Talvez a encomenda dele não tivesse ficado pronta a tempo. Ou então não gostou e desistiu dela. E isso vocês percebem perfeitamente… Então uma pessoa atravessa metade do mundo para fazer compras e as etiquetas dizem quase todas “made in China”? Ora porr@!

sábado, 6 de novembro de 2010

Vendendo a alma ao Diabo

Portugal está na penúria. Ok, já todos sabemos. A penúria é coisa para trazer ao de cima o que de pior existe nas pessoas. Também já sabemos. Primeiro vão-se os anéis, mas ainda nos restam os dedos.
Ou restavam!? Será que nos vão começar a cortar os dedos se levantarmos a voz contra quem nos (des)governa?

Parece que hoje vai haver uma manifestação em Lisboa. Oh senhores, cuidado com os vossos dedos! É que na China não é assim tão invulgar ficarem manetas quando as coisas dão para o torto. Acalmem-se que não vos vão levar uma mão (assim de uma assentada) mas um dedito ou outro já não sei não! Mas é por uma boa causa. Os vossos (nossos) dedos vão ajudar a pagar a nossa dívida pública. Portanto, abram-se lá esses braços para receber o tal de Hu Jintao. Esqueçam os tibetanos, os direitos humanos, a liberdade de expressão, blá blá blá… Mas afinal querem ou não querem saldar a nossa dívida pública? Eu sei que o Dalai Lama é fofinho… mas não tem cheta, carago! E para tesos já bastamos nós…

Arrisco-me a adivinhar (qual Alcina Lameiras qual quê) que, depois do venezuelano e do chinês, não tardará muito até que o Ahmadinejad seja recebido por nós de braços abertos (e quiçá pernas). O homem tem bombas atómicas carago. Não foram os alemães que nos venderam submarinos podres? Digam lá se eles não mereciam levar com uma bombita dessas nas fuças? Hã?

Se nos continuarmos a rodear, assim, de boas companhias acho que temos pernas para andar!

É aproveitá-las enquanto não têm o mesmo destino que os dedos. É que… está na moda as chinesas implantarem ferros nas pernas para ganharem uns centímetros de altura. Não me admirava nada se as nossas pernas fossem exportadas para a China para alegrar a vida de tantas baixinhas de olhos rasgados. Pernas longas de portuguesas que se portaram mal.

Imaginem os benefícios para a economia portuguesa tendo em conta os milhares (ou até mesmo milhões de euros) que se poupariam, anualmente, em sapatos e botas? Imaginem a quantidade de blogues que deixariam de fazer sentido no meio de tanta gente perneta? Visão deveras assustadora, agora que já se vendem Louboutin’s por aqui!

O que realmente me preocupa é que, sem dedos, vai ser mais difícil tirar macacos do nariz e, sem pernas, como é que nos vamos continuar a pisar uns aos outros? É a completa descaracterização de um povo com séculos de história!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Esquizofrenias de quem vive sozinho (2)

Apetece-me bacalhau com natas. Humm, já sinto a água na boca… Mas, se calhar, é melhor não. Depois ando não sei quantos dias a comer bacalhau com natas e lá para sexta-feira já não o posso ver à frente. Ah, posso sempre congelar. Não, o congelador é demasiado pequeno para o encher com mini tupperware’s infindáveis. Já sei! Faço só um bocadinho. Oh, ter uma trabalheira desgraçada para fazer só um bocadinho… não se justifica. Bem, vou fazer uma omeleta… mas apetecia-me mesmo bacalhau com natas.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O mapling é para continuar

Agora que a Reebok inventou os Easy Tone Shoes já posso continuar esparramada no sofá. Mas, agora, de ténis calçados. Não me parece confortável mas há que fazer sacrifícios.

Calçado com potencial para arreliar a vida de quem tem caninos


Acreditem que não é fácil controlar um canino que, ao confundir este tipo de botas com um dos seus pares, se vê na obrigação de defender o seu território com unhas e dentes. Para além de não ser fácil é também muito constrangedor, tanto para quem as usa como para quem está do outro lado da trela.
No meu caso tratou-se apenas de estar “à hora errada no local errado” porque nem as botas estavam nos meus pés (e é pouco provável que venham a estar) nem o cão era meu, mas o que é certo é que era eu que estava do outro lado da trela. E estava a ver que a miúda ficava sem as botas. E sem as pernas!

Esquizofrenias de quem vive sozinho

Numa fracção de segundo, enquanto o meu corpo balançava em cima do banco, pensei que se caísse e não ficasse em condições de me arrastar até ao telemóvel, iriam passar horas, ou até mesmo dias, até que aparecesse alguém. Não foi uma sensação boa, apesar de ser muito bom morar sozinha.