quinta-feira, 18 de outubro de 2012

«Não há nada mais assustador do que a ignorância em acção» (*)

Em 2005 uma leoa queniana adoptou os cinco filhotes de um antílope e as pessoas ficaram derretidas com tamanho gesto altruísta. Em 2010, algures na savana africana, um babuíno bebé é adoptado por um leopardo. O mesmo leopardo que momento antes esquartejara a mamã babuíno. Para deleite dos mais sensíveis, a National Geographic registou a cena em vídeo. As imagens do predador subitamente acometido pelo instinto maternal (paternal, neste caso) correram o mundo e fizeram rolar uma lágrima aqui e outra acolá. Muitos animais domésticos são, também, protagonistas de histórias idênticas. Talvez poucas tenham sensibilizado tanto como a da cadela rottweiler que em 2009, nos estado da Flórida (EUA), amamentou uma ninhada de porquinhos órfãos. Afinal de contas, era uma rottweiler. E agora pasmem-se: era uma mistura de rottweiler com pit bull. Oh God! It´s amazing! - diziam os americanos, que entretanto se haviam metido nas suas auto-caravanas estupidamente grandes e tinham feito milhas e milhas para ver a Tequilla (a cadela) amamentar os seus porquinhos. As pessoas são assim, sensíveis. Adoram uma história de amor. 
Mas, ao que parece, as pessoas não gostam de todas as histórias de amor. Umas merecem-lhes maior credibilidade do que outras. Na verdade, tudo depende dos protagonistas.
E é precisamente aqui que fico baralhada, quando vejo animais a agir como pessoas e pessoas a agir como verdadeiros animais. E a estas últimas, sobretudo às que acham que a adopção de uma criança por um casal homossexual é contra natura, só me apetece mandá-las foder. É verdade, eu escrevi F-O-D-E-R. Com todas as letras. 
Contra natura e não amar uma criança da forma que ela merece. Contra natura é privar uma criança de viver e crescer feliz com alguém que não a pariu mas que a ama como ela merece ser amada.
Contra natura é o preconceito.

(*) Johann Goethe

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

E, por isso, foi um dia muito feliz!

No dia em que celebraram 40 anos de casamento, os meus pais festejaram. Foi um festejo tímido e que contemplou apenas os membros mais próximos da família mas que teve direito a bolo e a brinde. E não poderia ser de outra forma que não uma tão recatada porque, além de combinar na perfeição com as suas personalidades pouco dadas a muito alarde, foi a primeira vez que o fizeram. E por isso, eu ignorei o facto de ter perdido o emprego nesse dia, engoli em seco e festejei com eles. Aquele dia não podia ser o dia em que eu perdi o emprego. Não agora que deixou de ser o dia em que o meu irmão mais velho morreu e voltou a ser o dia em que os meus pais se casaram. 
E não imaginam quantos empregos me valeu aquele recolhido festejo!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

E vocês, o que deixariam neste museu?

Lá para os lados de Zagreb há um museu diferente. Lá dentro não se expõem obras de artistas afamados, expõem-se memórias de relações passadas. Anónimos que, por algum motivo, quiseram partilhar, com o mundo inteiro, aquele objecto e a história por detrás dele. As pequenas salas de paredes claras contrastam com o peso e a dor (ainda) patente em algumas histórias. Outras há que, pelo toque humorístico empregue no texto, denunciam a reconquista da paz interior. A paz que vem quando tudo fica, finalmente, resolvido dentro de nós. Estas últimas fazem-nos esboçar um sorriso. As primeiras não tanto. Mas ambas nos trazem à memória histórias vividas na primeira pessoa. É quase impossível calcorrear aquelas salas sem pensar num ou noutro objecto que, também nós, poderíamos deixar ali. Partilhá-lo com o mundo inteiro. Para muitas pessoas talvez funcione como uma descarga emocional, um desabafo. Um desabafo que, certamente, chegará a muitas pessoas. 
Numa das últimas salas deste museu - Museum of broken relationships, dividam a atenção entre as peças expostas e os dizeres pintados na parede, e terão esta bela surpresa:
À saída, comprei  uma borracha de tamanho extra-large onde se pode ler: Bad Memories Eraser. Uma graça. Se estiverem muito precisados gritem... alugo-a a preço camarada.
E pensar que tudo isto começou com o fim de uma relação amorosa entre dois artistas. Há coisas fantásticas, não há?

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Descubra as diferenças #2

No Japão, depois da passagem de um tsunami e com ameaça iminente de desastre nuclear, as pessoas fizeram compras assim:

Foto: Jo Yong-Hak/Reuters

Em Portugal, num dia de promoções de uma cadeia de supermercados foi assim:

Foto: www.tvi.iol.pt

(E isto, para mim, é o aspecto verdadeiramente chocante do dia de ontem.)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Morrer com ele entalado na garganta seria mau de mais...

Aqui há uns tempos fui acometida por uma tosse seca noctívaga. Daquelas matreiras que desaparecem durante o dia e atacam durante a noite com força suficiente para nos limpar o sebo entre um cof e o outro. Uma pessoa normal teria comprado um xarope, eu comprei a lifetime supply de rebuçados Dr. Bayard. Uma pessoa normal, depois de ter comprado o xarope, tomaria uma dose de xis em xis horas, durante o tempo que fosse necessário. Eu, a meio de um ataque violento e cobarde, cambaleava até ao pacote de rebuçados, metia um na boca, dizia dois ou três palavrões e voltava a deitar-me. Na terceira noite concluí que o melhor era comprar a porra do xarope. Mentira!!! Na terceira noite concluí, sim, que o melhor lugar para guardar o pacote de rebuçados era em cima da mesa de cabeceira, à distância de um curto movimento braçal. E foi precisamente nessa noite que voltei a adormecer antes de acabar o puto do rebuçado. Momentos depois, acordei com ele entalado na garganta (o rebuçado, o rebuçado...). Entre movimentos frenéticos de braços e pernas, lá consegui escarrar o cabrão do Dr. Bayard. Isn't it ironic? Eu, que queria proporcionar uma noite descansada à pessoa que dormia a meu lado, quase lhe permiti a experiência de acordar side by side com um cadáver de olhos esbugalhados. 
E agora vem a parte menos pedagógica deste episódio, que bem podia ter acabado ao jeito de um creepy tale de Sir. Edgar Allan Poe: a tosse passou duas ou três noites depois. E eu, assim, nunca hei-de ser uma pessoa normal.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

It's in the little things

Ao invés do típico aviso (muito em jeito de ameaça), que remete quase sempre para a legislação em vigor, na cozinha da Abadia de Glastonbury, por entre os púcaros de barro e os alimentos de plástico, pode ler-se: «This food is as ancient as the abbey - please do not eat!»
PS: Tenho uma foto (com uma ar muito angelical) sentada no banquinho em frente à mesa. Se se portarem bem, no Natal publico-a.

Caminhar sobre a água (comparado com isto) é pra meninos.

A minha mãe diz que não tem medo desta crise. Sabe que as coisas estão más mas também sabe que é impossível ficarem tão más como noutras crises passadas. Noutras a que ela já sobreviveu. E eu nem precisei de abrir a boca porque, depois de dois ou três exemplos dela, fui obrigada a concordar. Não vou entrar em pormenores porque, não nutrindo vossas excelências qualquer tipo de afecto pela minha mãe, isso seria coisa para vos maçar. Mas eu, que amo a minha mãe mais do que tudo no mundo, senti um nó na garganta quando ela me disse que já tinha caminhado descalça na neve. Não consigo sequer imaginar como será caminhar descalça pela neve. Calculo que a sensação vá para além do desconforto. Calculo que esteja mais perto da dor, do desespero. A minha mãe não tem muitas fotografias de quando era pequena - assim como nenhuma das crianças que nasceram na década de 40, no interior isolado do nosso país - mas há uma do dia em que fez a primeira comunhão. Foi essa figura singela da fotografia, de vestido branco e pés descalços, que eu imaginei caminhando descalça pela neve, enquanto a minha mãe me ia explicando que, quando abria a porta,  primeiro punha um pé, até ele se habituar à temperatura, e só depois o outro. E senti uma tristeza enorme dentro de mim. E apeteceu-me viajar no tempo e ir ajudar aquela criança da fotografia. Aquela criança que um dia viria a ser a minha mãe. A minha mãe! Provavelmente, foi nesta altura que ela percebeu os meus olhos marejados de lágrimas e rematou, num tom estrategicamente irónico e brincalhão: «já era adolescente quando usei pela primeira vez uns sapatos meus. Imagina o tempo que tu pouparias, de manhã, a combinar a cor dos sapatos com o resto da roupa...» E eu, enquanto engolia o nó, retribuí usando a mesma estratégia: «ah, mas tu agora também tens muitos sapatos...» «Pois tenho! Passei do 8 ao 80... Eu e mais dez milhões de portugueses. O resultado está à vista, não está?!» E eu calei-me.


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pequenos prazeres, num final de dia ligeiramente chuvoso...

Quando penso em certas pessoas que já não fazem parte da minha vida, há dentro de mim uma septuagenária alcoviteira das terras altas do interior minhoto que desperta para a vida e deseja, com todas as forças do seu ser, transformar-se numa mosca - ou noutra coisa qualquer que lhe permitisse observar essas criaturas sem ser vista. Obviamente, este não seria um plano perfeito caso a distância a percorrer fosse muito longa. Ou tendo em conta que a velhinha/mosca corria o risco de ficar do tamanho do insecto que outrora fora Gregor Samsa - gigantesco, pesadão. Pormaiores técnicos à parte, ela desperta mais vezes do que aquelas que deveria. Hoje, a pessoa que alberga essa idosa de vestes pretas e feições fustigadas pela dureza da vida no campo, teve um bom-bom. Pôde ver sem ser vista. A televisão é uma coisa maravilhosa e ter ex-namorados que dão entrevistas é a cereja no topo do bolo. Sobretudo quando eles estão praticamente carecas e trocaram as lentes de contacto por uns óculos super nhié. Parece que sempre acabou o curso de advogado. Fico contente por ele. Mas só por que está careca. Obviamente.
No momento em que inicio este segundo parágrafo, já se foi parte da euforia relacionada directa ou indirectamente com a calvície da criatura. Começa agora a instalar-se um ligeiro desconforto. Um desconforto proporcional à tomada de consciência de que os 15 anos não passaram só para ele. Pelo sim, pelo não, hoje não encaro mais o espelho. 
Este último parágrafo destina-se, como facilmente se perceberá, a tentar minimizar os danos colaterais do wake up do parágrafo anterior: ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca! Ele está careca!


segunda-feira, 26 de março de 2012

Coisinhas sem interesse absolutamente nenhum:

O Tony Carreira agora deu em motoqueiro? Será que a indumentária de motard  está para os homens como o Ângelo Rebelo está para as mulheres? Mas mais barato, claro.

(eu avisei que não tinha interesse)

Esta minha falta de tacto...

Enquanto meia blogo publicava coisas fofinhas sobre o melhor pai do mundo, eu escrevia sobre ejaculação precoce. É a vantagem de não se dizer ao pai que se tem um blog... Caso contrário, seria mau de mais o senhor vir cá conferir a delicadeza e a doçura das palavras dedicadas à sua pessoa e dar de caras com tamanha grosseria. 
[Talvez ande a redigir demasiadas vezes as palavras ejaculação precoce (olha, outra vez!) para quem quer manter os depravados longe daqui. Nada a temer! Pessoas que precisam de saber mais sobre ejaculação precoce estão demasiado sensíveis e derrotistas para se porem aqui com cenas. Digo eu!]

segunda-feira, 19 de março de 2012

Ejaculação precoce

O meu batom do cieiro - daqueles em bisnaga - sofre disso. Mas só nos primeiros dias de uso, o que deve corresponder mais ao menos à sua adolescência. Eureka.

sábado, 17 de março de 2012

E com isto só posso concluir...

Que vocês gostam é de ver as carnes de fora. Sim, estou a falar para os muitos (muitos = percentagem do total de visitas = praí vinte ou trinta mil por dia) que aqui vêm parar por causa da Dj M@ri Ferr@ri (será que as arrobas são camuflagem suficiente para as "abelhas que procuram o mel"?). Essa grande maluca que embarga o espírito de quem a vê trabalhar com as estrelinhas brilhantes que cola nos mamilos. Para aqueles que não sabem do que falo, é ver esta foto. E pronto, anda uma pessoa a escrevinhar para aqui coisas cheias de conteúdo e no fundo, no fundo, vocês gostam é da falta de decoro. E, provavelmente, de música de péssima qualidade (coisa que as estrelinhas alucinogénias não vos deixam reconhecer). Está bem.
E é por essas e por outras que já não me apetece escrever um post com linguagem altamente poética e nada chato (?) sobre a alegria que foi, hoje, acordar a ouvir os pingos de chuva a bater na janela. Vocês é que perdem.

quarta-feira, 14 de março de 2012

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Obrigada FORD por teres acabado com a paz e o sossego que reinavam nos serões televisivos do meu lar.

Não podias ter escolhido outra música para o novo anúncio? Até quando terei que passar pelo tormento constante (ainda que rápido) de pensar que vai começar um jogo de futebol?
Arghghgh.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Gosto quando sou assim, uma pessoa focada num objectivo.

Preciso de umas botas pretas. Aliás, preciso de umas botas pretas como preciso de ar para respirar. Isto, em linguagem de mulher, quer dizer que me apetece comprar umas botas pretas - diferentes de todas as outras que já tenho - e pronto. Hoje saí para comprar umas botas pretas. Comprei umas botas azuis.
(...)
Já vos disse que preciso mesmo de umas botas pretas?

PS: Agradeço que não façam piadas acerca das botas azuis porque, como ficou claro no post anterior, a minha sobrevivência futura reside na agricultura biológica. Agradecida.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Diz que a prostituição está a aumentar em Portugal, e isso aborrece-me.

Perante a possibilidade forte (bédaforte) de ficar sem emprego no próximo ano, já tinha delineado um plano estratégico para a minha sobrevivência futura. Sabendo agora que a concorrência está on fire, fico um pouco limitada e, pior do que isso, francamente insegura com a minha falta de experiência profissional. Anda uma pessoa semanas a fio, a perder tempo com listinhas de prós e contras desta e daquela profissão e agora é isto.
Resta-me o plano b, que passa pela agricultura biológica. Tinha ficado em segundo lugar por causa das dores nas cruzes. Toda a gente sabe que a agricultura dá cabo das costas de uma pessoa. Muito pior do que o travão de mão de um carro.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Será que ainda conservo os meus poderes de mulher invisível?... I wish!

Se virem uma pessoa de gorro, boné, capacete, ou qualquer outro objecto que sirva para tapar a cabeça (ainda que o objecto não tenha sido concebido para o efeito), nos lugares mais despropositados, não façam comentários ou sequer lancem olhares que demorem mais do que o estritamente necessário. Compadeçam-se do ar esquizofrénico "por que é que está todo a gente a olhar para mim", misturado com uma ponta (uma grande ponta) de tristeza, da pessoa em questão. Essa pessoa serei eu. Achei que conseguia escadear o meu próprio cabelo. Pois bem, não consigo.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Mulher Invisível sou eu.

Junk food é algo que facilmente confundo com um manjar dos deuses, se misturar uma saída tardia do trabalho com o cansaço correspondente e a falta de paciência para cozinhar. A não existência de pequenos seres dependentes da minha pessoa também é um elemento de extrema relevância nesta equação que, quase sempre, me leva até ao macdrive cá da terra. Depois de esperar dois ou três minutos em frente à maquineta falante começo a ficar desconfiada que alguém se esqueceu de lhe mudar as pilhas, ou que a bichinha está afónica. Obviamente, são o cansaço e a fome que me levam a ter estes pensamentos extremamente idiotas, por isso aguardo mais uns momentos. A fila avança à minha frente e acumula-se atrás de mim. Consigo notar uma expressão pouco amigável no rosto da pessoa que espera atrás de mim. Pronto, a bichinha está out - concluo e avanço. Quando finalmente chego ao cubículo onde se encontra a criatura de carne e osso, sou confrontada com uma pessoa de braço ao peito e ar ganzado. Tento abstrair-me daquela figura - que em nada se coaduna com a (supostamente) exigente política de recrutamento de pessoal do dito estabelecimento - e concentro-me no pedido que ele me repete (3 ou 4 menus de não sei quê), para confirmar se é meu. Hum, não é meu. Nem poderia, a menos que a criatura possuísse o poder da adivinhação. Mas não, aquilo é mesmo só um ar ganzado. Escolho palavras de fácil interpretação para lhe explicar rapidamente que durante a longa espera em frente à maquineta, não me foi perguntado nicles. A criatura de carne e osso bloqueia. Apeteceu-me estalar-lhe os dedos à frente da cara e dizer-lhe hellooo?, mas contive-me. Talvez também precisasse de pilhas novas. Finalmente a criatura fala: Se eu não anotei o seu pedido é porque a senhora não parou em frente à máquina. Naquele momento todo o sangue, que (regra geral) circula ordeiramente no meu corpo, sobe-me à cabeça. Os olhos abrem-se a ponto de temer que as órbitas me saltem. Ainda assim, o meu discurso mantém-se num registo aparentemente calmo e repito a explicação. A criatura riposta, enrolando as palavras: Eu tenho estado a controlar aqui na câmara e não a vi. Adeus calma! Está a chamar-me mentirosa?!!! E o raio da criatura nada... (...) e nada, ainda... Foi aflitivo vê-lo fazer várias tentativas de dizer qualquer coisa e... nada. Nem um único som. Não me parece que se possa aplicar aqui a teoria do Síndrome de Estocolmo mas, incrivelmente, este episódio acaba comigo a abandonar a fila, depois de lhe dizer: Olhe, sabe que mais? Adeus. Será que ele sabe que isto é código para: DEIXA AS DROGAS, Ó SEU MONTE DE MERDA!!! (?)
Querido macdrive cá da terra: está tudo acabado entre nós. Pelo menos, enquanto eu conseguir resistir a um wrap de frango e bacon. Arghh.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

24 horas depois.

Sinto-me muito mais madura. Toda eu sou responsabilidade, sapiência e serenidade. Já devia ter feito 36 há mais tempo. Próxima etapa: comprar um bom anti-rugas. Ai fod@-se, as rugas!!! Pronto, a serenidade já era.

Post inteiramente dedicado à SuperSónica...

A SuperSónica sabe por quê. ;)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A isto chama-se: pôr lenha na fogueira.

Alguém me consegue explicar como é possível a senhora primeira dama portuguesa receber uma reforma de 800€, tendo sido professora (de 2º ciclo, até sua excelência seu marido ter sido primeiro-ministro, e universitária, após esse maravilhoso acontecimento político - factos não verificados, que tenho mais do que fazer)?

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Tenho mesmo que me transformar numa pessoa melhor.

Os últimos dias têm sido um pouco nhié. Toda a gente acha que estou com uma depressão profunda, daquelas que me fará dar um tiro nos cornos a qualquer momento. Mas não. Ando apenas em modo poupança de energia e sem grande paciência para pessoas. Além disso encontro-me a convalescer de uma gripe que me ia limpando o sebo. É verdade, estive muito mal. E, agora que falo nisso, ocorre-me que vocês nem uma canja me vieram trazer. Vou deixar o amuo para depois. Entretanto, nestes serões mais caseiros por motivos de força maior - a tal da gripe - descobri que há um novo programa de televisão que podia muito bem ser meu. Sim, podia ser meu e, neste momento, vocês estariam a ver-me na televisão. A emoção de tal pensamento quase me faz soltar uma lágrima. Ai... era um espirro. Não saiu. Dizia eu que, ao que parece, passei ao lado de uma grande carreira como apresentadora de televisão. Eu e vocês todos. Qualquer um de nós (alegres proprietários de um computador com ligação à internet) poderia fazer o que faz o não sei quê Mourão no seu fantástico programa Gosto Disso. Talvez se chame Gosto Disto (?). Bom, foi mais ao menos nos três ou quatro minutos que passei em frente ao televisor, de pé, a apreciar programa de tão elevada qualidade, que me esqueci do jantar na cozinha. O queixume do fogão trouxe-me de volta para a realidade. Uma realidade em que o desespero me levou a pensar que eu era aquela moça de cabelo curto do Matrix, capaz de me pôr na cozinha em meio segundo. Momentos depois, quando jazia no chão da cozinha, concluí que não. E concluí também que, provavelmente, não devia ter-me permitido aqueles pensamentos menos abonatórios em relação ao não sei quê Mourão. O universo não gostou e fez-me ficar sem jantar. E com um andar novo.
Pronto, agora já posso amuar. A canja, lembram-se?

domingo, 1 de janeiro de 2012

Boa música portuguesa II



E não se ponham com coisas só porque é cantada em inglês, ok? Deixem-se de merdinhas dessas e apreciem.

PS: Juro-vos que há pouco fechei os olhos e pensei que estava a ouvir o Eddie Vedder, carago!

Três quilos depois... (*)

Aproveito para deixar uma mensagem de ânimo, para que possam aguentar com bravura esse tal de 2012:


Nem tudo são más notícias, portanto.

PS: Acreditariam, se vos dissesse - apesar de não ter dado sinal de vida - que alguns de vocês estiveram no meu pensamento nestes dias natalício-festivo-engordativos? Bom, tendo em conta que a minha vida "real" anda muito bem, obrigada, só posso concluir que estou a ficar pieguinhas. Nheca!

Feliz 2012 para todos. 

(*) Desde a última vez que aqui vim escrever (com muito amor e carinho para todos vocês).