quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Obrigada FORD por teres acabado com a paz e o sossego que reinavam nos serões televisivos do meu lar.

Não podias ter escolhido outra música para o novo anúncio? Até quando terei que passar pelo tormento constante (ainda que rápido) de pensar que vai começar um jogo de futebol?
Arghghgh.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Gosto quando sou assim, uma pessoa focada num objectivo.

Preciso de umas botas pretas. Aliás, preciso de umas botas pretas como preciso de ar para respirar. Isto, em linguagem de mulher, quer dizer que me apetece comprar umas botas pretas - diferentes de todas as outras que já tenho - e pronto. Hoje saí para comprar umas botas pretas. Comprei umas botas azuis.
(...)
Já vos disse que preciso mesmo de umas botas pretas?

PS: Agradeço que não façam piadas acerca das botas azuis porque, como ficou claro no post anterior, a minha sobrevivência futura reside na agricultura biológica. Agradecida.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Diz que a prostituição está a aumentar em Portugal, e isso aborrece-me.

Perante a possibilidade forte (bédaforte) de ficar sem emprego no próximo ano, já tinha delineado um plano estratégico para a minha sobrevivência futura. Sabendo agora que a concorrência está on fire, fico um pouco limitada e, pior do que isso, francamente insegura com a minha falta de experiência profissional. Anda uma pessoa semanas a fio, a perder tempo com listinhas de prós e contras desta e daquela profissão e agora é isto.
Resta-me o plano b, que passa pela agricultura biológica. Tinha ficado em segundo lugar por causa das dores nas cruzes. Toda a gente sabe que a agricultura dá cabo das costas de uma pessoa. Muito pior do que o travão de mão de um carro.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Será que ainda conservo os meus poderes de mulher invisível?... I wish!

Se virem uma pessoa de gorro, boné, capacete, ou qualquer outro objecto que sirva para tapar a cabeça (ainda que o objecto não tenha sido concebido para o efeito), nos lugares mais despropositados, não façam comentários ou sequer lancem olhares que demorem mais do que o estritamente necessário. Compadeçam-se do ar esquizofrénico "por que é que está todo a gente a olhar para mim", misturado com uma ponta (uma grande ponta) de tristeza, da pessoa em questão. Essa pessoa serei eu. Achei que conseguia escadear o meu próprio cabelo. Pois bem, não consigo.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Mulher Invisível sou eu.

Junk food é algo que facilmente confundo com um manjar dos deuses, se misturar uma saída tardia do trabalho com o cansaço correspondente e a falta de paciência para cozinhar. A não existência de pequenos seres dependentes da minha pessoa também é um elemento de extrema relevância nesta equação que, quase sempre, me leva até ao macdrive cá da terra. Depois de esperar dois ou três minutos em frente à maquineta falante começo a ficar desconfiada que alguém se esqueceu de lhe mudar as pilhas, ou que a bichinha está afónica. Obviamente, são o cansaço e a fome que me levam a ter estes pensamentos extremamente idiotas, por isso aguardo mais uns momentos. A fila avança à minha frente e acumula-se atrás de mim. Consigo notar uma expressão pouco amigável no rosto da pessoa que espera atrás de mim. Pronto, a bichinha está out - concluo e avanço. Quando finalmente chego ao cubículo onde se encontra a criatura de carne e osso, sou confrontada com uma pessoa de braço ao peito e ar ganzado. Tento abstrair-me daquela figura - que em nada se coaduna com a (supostamente) exigente política de recrutamento de pessoal do dito estabelecimento - e concentro-me no pedido que ele me repete (3 ou 4 menus de não sei quê), para confirmar se é meu. Hum, não é meu. Nem poderia, a menos que a criatura possuísse o poder da adivinhação. Mas não, aquilo é mesmo só um ar ganzado. Escolho palavras de fácil interpretação para lhe explicar rapidamente que durante a longa espera em frente à maquineta, não me foi perguntado nicles. A criatura de carne e osso bloqueia. Apeteceu-me estalar-lhe os dedos à frente da cara e dizer-lhe hellooo?, mas contive-me. Talvez também precisasse de pilhas novas. Finalmente a criatura fala: Se eu não anotei o seu pedido é porque a senhora não parou em frente à máquina. Naquele momento todo o sangue, que (regra geral) circula ordeiramente no meu corpo, sobe-me à cabeça. Os olhos abrem-se a ponto de temer que as órbitas me saltem. Ainda assim, o meu discurso mantém-se num registo aparentemente calmo e repito a explicação. A criatura riposta, enrolando as palavras: Eu tenho estado a controlar aqui na câmara e não a vi. Adeus calma! Está a chamar-me mentirosa?!!! E o raio da criatura nada... (...) e nada, ainda... Foi aflitivo vê-lo fazer várias tentativas de dizer qualquer coisa e... nada. Nem um único som. Não me parece que se possa aplicar aqui a teoria do Síndrome de Estocolmo mas, incrivelmente, este episódio acaba comigo a abandonar a fila, depois de lhe dizer: Olhe, sabe que mais? Adeus. Será que ele sabe que isto é código para: DEIXA AS DROGAS, Ó SEU MONTE DE MERDA!!! (?)
Querido macdrive cá da terra: está tudo acabado entre nós. Pelo menos, enquanto eu conseguir resistir a um wrap de frango e bacon. Arghh.