sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

See you next year, dear blogger’s

No ano passado eu nem sabia que vocês existiam. Este ano é um pouco diferente. Quer dizer, vocês até podem ser loiros, altos e de olhos azuis e eu imaginar-vos morenos, baixinhos e de olhos castanhos. Mas não importa, porque agora eu sei que vocês existem, independentemente da vossa linda fronha, right? Ora, por saber da vossa existência, resolvi roubar uns minutinhos aos preparativos para logo mais para vos desejar uma boa noite, seja em casa na companhia da família ou com amigos num qualquer hotel de luxo ou, simplesmente, nas ruas da Nazaré com uma garrafa de champanhe na mão e os dentinhos a bater de frio. Bebam que o frio passa (mas não bebam demais, ok?).

E agora vou entrar em estágio, porque isto de fingir que se adora a noite de passagem de ano, que se acha que é uma noite diferente das outras, tem o seu quê de preparação psicológica árdua. Sim, porque é aborrecido passar a noite toda a ouvir “estás triste?”, ”não te estás a divertir?” só porque não ando aos gritos, com o penteado esfrangalhado e um sorriso à Jack Nicholson. Desejem-me boa sorte.

Divirtam-se!

Um alô especial aqueles que acham que isto tem o mínimo dos mínimos de interesse para ser lido. ;) **

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um whisky duplo por favor. (...) Deixe ficar a garrafa.

Bartoon de 30/12/2010, Público

Queira Deus que em 2011 não se lembrem dos pinguins de Adélia. Eles já têm problemas que cheguem.

Em 2010, eu fui submetida ao PEC e sobrevivi!

Ahh... espera... Era um pec pack de minis!
:/

É um avião? É um sismo? Não… é o…

Ai 'gizas' que barulho é este? Credo! Será um sismo? Será melhor saltar já da cama ou …? Parou! Tiro os cabelos da cara, respiro fundo e tento perceber o que se passa. Seria um sonho? Talvez um pesadelo, talvez… Outra vez? É uma réplica!? Mas está tudo quietinho, a Terra não está a tremer… É o… Não pode ser… É mesmo!! O pai...
O pai ressona cada vez mais alto. Pobre mãe.

Diálogo matinal (de loucos):

Mãe: Tens de ir ao médico.
Pai: Porquê?
Mãe: Porque estás a ressonar cada vez mais.
Pai: Tu é que tens de ir ao médico.
Mãe (tentando disfarçar a irritação): Porquê?!!
Pai: Porque não dormes.
Mãe (sem qualquer pudor em disfarçar a irritação): EU NÃO DURMO PORQUE TU RE-SSO-NAS!

(silêncio sepulcral)

Nota mental: Para salvaguardar o sucesso de hipotéticas rarelações futuras, não esquecer de perguntar (algures entre o histórico de doenças venéreas e a verificação do registo criminal) - o menino ressona?

A partir de hoje, quando se quiserem referir à Ensitel digam antes:

"Aqueles de quem não pronunciamos o nome".
E pronto, ninguém se chateia.

E não, não apago este post nem que "aqueles de quem não pronunciamos o nome" mandem a minha mãe pôr-me de castigo.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Say cheeeeese (quem tem piercing na língua também tem de dizer)

Já percebi por que é que as pessoas fazem piercing’s na língua*. Para porem a língua de fora nas fotografias. E, ou muito me engano, ou penso que descortinei algo que parece ser um comportamento padrão: enquanto esticam o tal órgão muscular, devidamente ornamentado, tendem a fazer malabarismos manuais complicadíssimos. Ou isso ou, então, são todos do PSD.

* Tirando aquela razão que, a menos que seja um mito**, considero deveras altruísta (vocês sabem qual, right?).

** É que, eu cá, nunca experimentei, por isso não vou negar, à partida, uma ciência que desconheço - if you know wath i mean... ***

*** Importas-te de parar com a cena dos asteriscos?

[Ok.]

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O desafio dos estereótipos (numa cozinha perto de mim)

Arrumou a cozinha com um speed fora de normal. Eu julguei que fosse por causa da novela. Que quisesse estar relaxada no sofá para apreciar cada segundinho da trama, sem o barulho dos tachos e dos copos. Mas não, aquela pressa toda era para conseguir arrumar a cozinha antes de o pai sair do banho. “Já vais ver por quê” – respondeu ela, enquanto socava o pão para conseguir fechar a porta do armário. O pai saiu do banho e está aborrecido - a mãe está a ler A Bola e só vai na 10ª página.

Da próxima vez que for lanchar com o H. (que é guloso ‘cumó’ carago), não posso ficar abespinhada com o empregado por pôr o Banana Split dele à minha frente e o meu descafeinado à frente dele. Pelo menos vou tentar… mas se ele tem dúvida pode perguntar, não pode?

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

(In)Conveniente

Eu sei que as pessoas abusam muito, que não respeitam nada nem ninguém e, nesta altura, as mortes na estrada aumentam e ensombram o Natal de muitas famílias… mas será assim tão imprescindível colocar mensagens deprimentes nos placards electrónicos das auto-estradas? É muito aborrecido ler aquelas mensagens a cada 20 ou 30km. Eu sei que posso morrer a qualquer momento, não preciso é que mo digam a meio de uma viagem que eu sei que envolve um certo risco.
A minha mãe, ao telefone - histérica e a fazer contas de cabeça para ver se consigo escapar à hora de ponta no Porto - tem o poder de me pôr os nervos em franja mesmo antes de eu sair de casa, os outros condutores e as suas manobras de bradar aos céus, as filas intermináveis para pagar as portagens de pagamento automático (sim, definitivamente, os portugueses ainda não estão preparados para este tipo de portagens)… e, volta e meia, aquelas palavras terríveis: “No Natal de 2009 morreram X pessoas nas estradas portuguesas. Modere velocidade.”
E uma pessoa pensa logo: “será que chego a casa? Ou será que fico já aí na próxima curva?”

Porra, pá! Mudem lá essa estratégia sff!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mensagem (ressabiada) de natal

Detesto ser portadora de más notícias mas o dever sobrepõe-se a esse mal-estar. Pais deste país, confirmem se têm um bom stock de figos em casa.

Ok, admito: pensava que tinha superado isto mas parece que não!

(Fim da mensagem ressabiada)


Boas festas! (pelo corpo todo...)

Síndrome "wikileaks"

Tenho aqui os dedinhos a fervilhar, a bater mesmo ao lado do teclado do portátil (naquela parte que descreve as características do bicho - que o vendedor me explicou, detalhadamente, e que eu fingi que percebi, quando na realidade estava deliciada com o tom rosa do bichinho ao lado) [LOADIIIIIIIIIIIIIIIING] … a bater mesmo ao lado do teclado do portátil, fazendo um barulinho parecido com um cavalinho a galopar, com uma vontade quase incontrolável de vos “contar” uma coisita! Mas depois penso: “não podes escrever isto! Um dia destes, contas a alguém que tens um blogue e vêm cá ler isto e não vão gostar… Ela/ele não ia gostar de ver isto aqui, ia ler e reconhecer-se logo nas palavras…” Ora porra! Lá por que gostamos das pessoas não temos, necessariamente, de concordar com tudo o que fazem ou dizem! E quem é que, num momento ou outro de suas vidas, nunca meteu a pata na poça? Hã?

E é nessa altura que penso (e o cavalinho retoma a corrida): “oh, eu nunca vou dizer a ninguém, por isso posso escrever à vontade! Além disso, não identifico ninguém... (Um "J" tanto pode ser o João do 6ºesq, como o Jeremyfrom Ventura Boulevard, ou  até o Jin Zung, lá d'uma terriola qualquer da China... e, falando de chinocas, aí é que vocês se perdiam nos milhões e milhões de hipóteses) 

Mas há sempre aquela nuvem cinzenta que paira sobre nós e nos censura a escrita. E, isto, é completamente absurdo! Porque, uma coisa é o cavalinho não poder galopar porque está preso a uma amarra feita com nó de escota dobrado (e do outro lado da corda está uma âncora com meia tonelada), e outra coisa, completamente diferente, é o cavalinho ficar parado porque acha que não pode (ou não deve) galopar! E aquele prado verdejante ali, a seus cascos...

Os dedinhos pararam. Fica para a próxima!

Oub’lá auto-crítico: Se não ias contar por que é que começaste? Hein? És uma “party pooper” (putz)!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Tomara a Anabela de Malhadas ter feito xixi na igreja… TO-MA-RA!

Quando a meio de uma viagem, já na auto-estrada, se percebe que a carteira ficou em casa e que os 5€ que, por acaso, estavam esquecidos no bolso do casaco não chegam para pôr combustível e pagar a portagem… estamos com um problema!
Um problema que não o seria se o combustível não estivesse na reserva desde anteontem, ou se o cartão multibanco não estivesse, também, na carteira.
Sendo o valor da portagem de quase 3€, não é preciso ser um Pitágoras (que eu nos últimos dias estou mais para Anabela de Malhadas do que para outra coisa qualquer) para perceber que parei na bomba e “atestei” 2€ de combustível.
E acreditem que fiquei incomodada quando, no balcão de atendimento, a menina disse “são dois euros sff” e me lançou um olhar estranho. Ela e todas as pessoas que se encontravam no local. Sim, que eu bem senti as suas cabeças a rodar na minha direcção. [E, ainda que por breves instantes, aquela cena transportou-me para o ano de 1980, no dia em que fiz xixi na igreja, e não foi uma recordação agradável. Não foi mesmo!]
Mas o que é isso comparado com o facto de não ter ficado empanada com falta de combustível? Nada. Tenho de ver se não me esqueço de ir lá amanhã atestar o depósito - só naquela de limpar um bocadinho a imagem. [Em 1980 não foi assim tão simples, e tenho de encarar isto como um aspecto positivo.]

E se não conhecem a Anabela de Malhadas (coisa quase impossível), espreitem o vídeo (vale a pena… oh se vale!). Se conhecem, só vos digo que, comparar-me com ela foi apenas uma tentativa de dramatizar a coisa (ninguém é como a Anabela de Malhadas - ninguém!).

domingo, 19 de dezembro de 2010

Raios partam esses blogger’s...

Que escrevem coisas boas, mesmo boas, boas, mas é que é daquelas mesmo boas, boas… que tenho uma acta de uma reunião para fazer e… é isso mesmo – está por fazer. Damn you all!
Como diz a avó de uma conhecida minha vocês "embruxaram-me”! Uns bruxos(as) é o que vocês são!!!! Todos! Não se aproveita nem um! Grhgrhgrh…

Perspectivas

Parece que a pequenada já está de férias e, agora, já saem à noite - até às quatro, cinco da manhã. Resultado: num espaço com cerca de três mil pessoas, duas mil e quinhentas tinham, em média, dezasseis/dezassete anos. E é vê-los a dar-nos cotoveladas no copo, a pisar-nos os pés, a interromper conversas porque a “mana” está mesmo atrás de nós (e entretanto já as “manas” gritam entre as nossas cabeças e esticam os braços mesmo à frente das nossas caras), ou então a esmagarem-nos, porque têm mesmo de passar por ali e a multidão não é coisa que não se resolva com um arrastão. Houve mesmo um momento em que me senti tentada a levantar os pés e deixar-me ir, mas tive receio de que a pessoa que falava comigo pensasse que eu era mal-educada e, a custo, lá consegui remar contra a maré e acabar a conversa.

E no meio dos meus pensamentos semi-infanticidas tive, finalmente, um pensamento lúcido: “o que é que eu estou a fazer aqui?”.

Estar aqui - pensei - é mais ao menos como entrar numa tasca pitoresca no Bombarral para telefonar - porque o carro empanou numa estradinha sem cobertura de rede móvel - olhar em redor e pensar “estes gajos que bebem aguardente às nove da manhã são uns labregos”. Mas não! Eles estão no seu "habitat" natural. Eu é que sou a carta fora do baralho.

Digamos que ontem fui, sem dúvida, a carta fora do baralho. Eu e as outras quatrocentas e noventa e nove pessoas com “um pouco” mais de dezasseis/dezassete anos. E sermos aquela pessoa a quem uma garota (que não tinha mais de quinze anos) vem pedir ajuda, porque a amiga está na casa de banho prestes a entrar em coma alcoólica, é a prova cabal disso.

Não sei se sou seu que estou a ficar velha, e com menos paciência, ou se são eles que começam a sair cada vez mais cedo e são cada vez mais mal-educados? Eu prefiro pensar que é a segunda combinação, por razões óbvias.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

1986* - O ano em que eu me zanguei com o Menino Jesus.

Nunca houve muitas prendas lá em casa. Uma por bota, e olha lá! Mas a emoção era três ou quatro vezes maior do que a dos miúdos que hoje recebem 50.
Corria o ano de 1986 e, ao jantar, alguém levantou a possibilidade de o Menino Jesus não passar por nossa casa. “O MENINO JESUS VEEEM!!” E veio!
A emoção de ver que tinha qualquer coisa dentro da bota foi diminuindo à medida que me aproximava dela. Peguei na prenda, perplexa, e olhei para o meu irmão, que mirava a dele com a mesma incredulidade. Eram iguais.
Eu não queria acreditar que o Menino Jesus nos tinha trazido, como prenda, um pacote de figos! Fi-gos?
Mas, acima de tudo, o que eu não conseguia perceber era: como é que ele (que sempre me disseram que via e sabia tudo) não sabia que nem eu, nem o meu irmão, gostávamos de figos!?!
Imperdoável Menino Jesus, imperdoável!

Uns anos mais tarde, quando percebi que o Menino Jesus era, afinal, o meu pai, fiquei muito magoada. Foi uma forma muito insensível de acabar com a treta do Menino Jesus, pensei. Hoje, muiiiitos anos mais tarde, admiro-o pela sensibilidade de ter começado com a "treta" do Menino Jesus, porque, a ele, nunca lhe puseram uma prenda na botinha. Ele, nem botinha tinha, andava descalço.


* E pensam as pessoas que o acontecimento mais importante, desse ano, foi a entrada de Portugal na, então, CEE... Por favor!

Imagem original: "Mafalda", de Quino.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

E no entretanto... não houve beijinho.

Há pouco, no meu local de trabalho (onde estou há quase dois anos), recebemos a visita de uma ex-colega que se reformou recentemente. Era uma pessoa que todos respeitavam e, tirando os episódios em que “vestia a pele” da esposa do Sr. Advogado (senhor muito cobiçado pelas colegas da mesma faixa etária), era merecedora desse respeito. Eu estava sentada numa secretária, mesmo à entrada da sala, quando a avistei no corredor. Quando me preparava para a cumprimentar com um “olá” ela disse, enquanto passava por mim, “deixa-me cá dar um beijinho às colegas mais antigas”. Ok querida, informação registada. O seu beijinho é demasiado especial para ser distribuído, assim, por qualquer uma. A novata (como é que ela se chama mesmo?) que se reduza à sua insignificância. Mas a novata não queria (desesperadamente) um beijinho, ela só ia dizer “olá”, como rezam as regras de boa educação, que seus pais lhe ensinaram (e o pai, imagine, nem sequer é advogado). Fica para uma próxima. Ah… espera! Não haverá próxima vez. Ela pode ser novata, mas não é parva. E só é educada quando tem feedback! E sabe ignorar como ninguém! Não fosse ela uma aquariana, daquelas que guarda este tipo de episódios no “disco rígido”, com espaço ilimitado.

A novata é educada, não é perfeita!

Ser chique a valer não é ter um marido advogado quando as pessoas da sua geração têm, geralmente, uma escolaridade baixa. Ser chique a valer é ser uma pessoa educada, independentemente do grau de instrução (o do nosso cônjuge incluído). Vou repetir devagarinho: E-DU-CA-DA! Percebeu?

E dizer “olá” é coisa para demorar (dependendo da sua dicção) cerca de meio segundo. Meio segundo do seu precioso tempo!

Imagem: abeautifulrevolution.com

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Que grande dilema...

Qual destes devo misturar no meu café com leite matinal?

É que o 1/2 kg... já deixou de o ser!

Eu só espero que as pessoinhas dadas a histerismos não descubram isto, caso contrário o espaço nas prateleiras dos supermercados vai continuar a aumentar!

PS1: Estou inclinada para a barrinha energética. É que não gosto, nem muito doce, nem muito amargo...

PS2: Alguém sabe como anda a produção de cotonetes? Não me escondam nada!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Eu só tenho 1/2 kg de açúcar em casa... mas vou sobreviver!

Obrigadinha a todos os histéricos que têm kg e kg em casa... guardadinhos na despensa!

Quando disseram na TV que não havia no supermercado, achei um exagero... mas não! Nem branco, nem amarelo, nem em cubos... nada!

sábado, 11 de dezembro de 2010

E esta, hein?

Aqui há uns dois anos, vi um episódio do The Hills, em que duas das protagonistas da série estavam a braços com um problema horripilante: num dos seus primeiros trabalhos como stylistas, minutos antes de um concerto numa discoteca, a cliente (artista desconhecida que ia actuar) encravou o fecho éclair. O problema rapidamente se transformou no momento alto do episódio - a forma como elas conseguiram puxar o fecho e respirar de alívio. Ufa!

A artista desconhecida do episódio, ontem, encheu o Pavilhão Atlântico!

[Talvez esteja aqui a resposta para algumas questões: Por que é que ela usa tão pouca roupa? Por que é que ela se veste com bifes?... Ficou traumatizada com o fecho éclair, pois claro!]

Eu vi um filme do Manoel de Oliveira e sobrevivi!

Parabéns ao Sr. Manoel de Oliveira!
(Pelo aniversário, claro!)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O Natal visto…

Pelo Menino Jesus: A globalização venceu-me! Desde que aquele gordo vestido de vermelho apareceu, a minha vida nunca mais foi a mesma. Sem qualquer fonte de rendimento, se não fosse o Banco Alimentar Contra a Fome, o meu Natal seria bem pior! Direitos da Criança, does that ring a bell? Ai e tal as crianças não podem ser vítimas de trabalho infantil. E comida? Como é que eu me sustento sem o meu ganha-pão? Não percebo nada de computadores, arranho mal o Inglês… querem o quê? Que vá para as Novas Oportunidades? E o que é que eu vou pra lá contar da minha história de vida que o mundo não saiba já?

Pelo Pai Natal: Esta época alta mata-me. Mas que raio de emprego fui eu roubar aquele puto de vestido branco! Como é que ele aguentava distribuir esta tralha toda só com um burro velho e teimoso! Tenho que deixar de beber Coca-Cola que, com esta pança (que é só retenção de líquidos… e gases!), qualquer dia não subo o trenó! E com esta idade, e esta imagem gasta, vou fazer o quê? O melhor é enviar já um currículo para a TVI, que lá para Fevereiro já tenho um talk show em horário nobre. Volta Menino! O Tio Claus está cansado.

Pelo Rodolfo: Este velho está cada vez mais pesado. Credo que se não fazes uma dieta, eu peço já a reforma antecipada e quero lá saber da penalização. Ai e tal os direitos dos animais… Cadê! Não me basta ter cornos, carago!

Pela Virgem Maria: Horas de parto difícil pra carago, numa gruta fria e escura, e o que esta gente se lembra no Natal é de saldos na Zara e de peru assado na mesa. Querem ver que tenho de me pôr em cima de uma oliveira, outra vez, assim só naquela de meter um bocado de respeito a esta gente mal agradecida?!

Por S. José: E eu? Tive de assistir aquele parto dificílimo na gruta (e o puto nem sequer era meu), arranjar uma parteira no meio do nada, tive uma capacidade de resposta fantástica (num momento de tão grande aflição), facilmente comprovada por aquela manjedoura de vacas que, tchan ran, se transformou num berço, com colchão de palhinhas fofinhas (momento que, dois mil anos mais tarde, viria a dar um espectacular programa de televisão, de seu nome “Querido Mudei a Casa”)… e ninguém se lembra de mim?

Pela vaca: Ia ficando sem fôlego a mandar bafinhos quentes ao Menino, nas palhinhas deitado, e ele deixa que me transformem na imagem de marca de um insulto requintado ao mulherio, por esse mundo fora. Então nós não tínhamos combinado que essa coisa de eu ser sagrada era no mundo inteiro? Achas que a Índia é o mundo inteiro, carago?!! No meio de tantas escapadinhas para o templo (para dar uma de menino inteligente que percebe das escrituras e tal) deves ter faltado a umas aulas de Geografia. Deves, deves! Fosses lá agora que te recambiavam pró psicólogo com diagnóstico de hiperactividade e distúrbio de défice de atenção, só pra não te armares aos cucos!

Pelo burro: Como se não me bastasse ter tido como companheira bafejadora aquela fingida daquela vaca (que se não fosse eu, a bafejar como deve ser, o Menino ia desta pra melhor com uma hipotermia galopante) ainda tenho de levar com milénios de insultos descabidos a associar-me a acéfalos e teimosos. Menino, és um mal agradecido. E um péssimo gestor: És o filho de Deus e nem o teu emprego consegues manter? E o burro sou eu?

Pelos Reis Magos: Quilómetros a seguir uma estrela no céu, em cima de camelos duros que nem cornos (que durante dias ficámos todos com um andar novo, e nem vamos falar aqui das piadas de mau gosto que tivemos de ouvir por causa disso, mas, como éramos três… digamos que, a palavra ménage caía-nos mal) e quem é que se lembra de nós? E mais grave – quem é que disse que nós chegámos à gruta no dia 24? Hã? A ideia das prendas foi nossa e nem sequer as conseguem dar no dia certo? Nós tínhamos camelos (duros que nem cornos), não tínhamos um jacto privado (com bancos fofinhos e hospedeiras giras)! Ai taaanta dor nas cruzes e no…

E um psicólogo pro bono pra esta gente toda, não há?

Sexo... e então?

Não, não ando por aí completamente desgovernada do juízo e a provocar as pessoas com frases demoníacas. E se andasse? O que é que vocês tinham a ver com isso? Hein?

O título deste post é também o título de uma exposição que hoje fui ver, ao Pavilhão do Conhecimento, com uma amiga e as suas duas filhas adolescentes.
É uma exposição interactiva sobre educação sexual, em que os adolescentes, de uma forma criativa e muito divertida (mas com seriedade) encontram respostas para as suas dúvidas relativamente a este tema. Os afectos, as mudanças físicas na puberdade e as pressões que os jovens sofrem no grupo de amigos, são alguns dos temas explorados. E sempre com jogos e pequenas actividades muito apelativas.
Vale a pena, tanto para adolescentes, como para pais ou educadores, ou, simplesmente, para pessoas interessadas no tema.

Espreitar aqui.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A pergunta-armadilha: “que idade me dás?” (*)

E fazem-na, quase sempre, como se esperassem surpreender-nos com a sua magnífica jovialidade. A própria entoação da frase, aliada ao sorriso pseudo-misterioso, assemelha-se a qualquer coisa como: “eu tenho 38, mas parece que tenho 25 e tu vais ficar aparvalhada com o meu admirável estado de conservação”. E eu sinto-me sempre “entre a espada e a parede”! E, para ganhar algum tempo, simulo aquele ar de quem faz um rapidíssimo cálculo de “3x9, 27”, sempre tentando disfarçar o pensamento malvado de: «aparentas praí 45 mas como tas cheia de cenas deves ter menos, por isso é melhor eu dizer uns 38 porque também não convém exagerar que vê-se logo que tou a mentir». "Como é que adivinhaste?", num tom do mais desiludido que há, mas tentando disfarçar a frustração.
E eu fico um passinho mais perto do Inferno, só porque alguém precisou de um snack psicológico para alimentar o ego. Valia mais pedirem uma festinha na cabeça, ou um cupão de desconto do Minipreço – que eu, se o tivesse, dava-o.
Para quê tanta apoquentação com a idade?
Lembram-se de quando tinham 15 anos e queriam ter 18 para puderem conduzir? E de quando tinham 18 e queriam ter 25 para terem um trabalho e uma casa só vossa? Por que é que a partir dos trinta há tanta gente a querer voltar para trás?!

Possível solução para este dilema cronológico: Cresçam!

(*) Que é como quem diz: “Dá-me lá menos 10 anos que esta semana ainda não me lamberam o ego e, não tarda nada, desidrata!”

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

José Sócrates dixit: Deixem-me puxar a brasa à minha sardinha

Acerca dos “espectaculares” resultados dos alunos portugueses em Língua Portuguesa, Matemática e Ciências (segundo relatório da OCDE).

E depois daquela frase a minha imaginação voou… e ainda não me consegui libertar da imagem do nosso ilustre primeiro a assar sardinhas e a cantarolar: “estava a assar sardinhas com o lume a arder, queimei a pilinha sem ninguém saber…”

Queimou?
Isso explica muita coisa!

PS: Terão os observadores da OCDE visto algum Exame Nacional do 9º ano? E alguma Prova de Aferição do 6º ano?

É que eu já vi, e isso também explica muita coisa!

Eu acho que o Éric Cantona está a pensar dedicar-se ao mundo do crime

Levantem o vosso dinheiro todo dos bancos que eu e o meu “Gang do Multibanco” limpamos-vos a cheta toda! Levantem! Levantem! (Cantona esfrega as mãos enquanto semicerra os olhos e põe a ponta da língua de fora)

Aposto que o Zidane será o cabeçadas cabecilha do Gang!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Coisas que nunca deviam ter acontecido

O Matrix, o filme.

É doloroso ver constantes repetições daqueles efeitos especiais, passados tantos anos. Vistos pela primeira vez têm a sua piada. Conseguem abrir uma ou outra boca mais distraída, soltar um ou outro “uau” ou “tchiii”. Mas, quando multiplicados noutros filmes, over and over again, tornam-se enfadonhos.

A menos que o John Malcovich tenha uma pontaria do carago e, nesse caso, reduzo-me já à minha insignificância! E, se assim for, até compreendo as roupinhas que o senhor agora costura. É que para ter aquela pontaria no filme é normal o senhor ter ficado com a vista cansada. Daí aquelas fatiotas, assim um pouco para o… diferente, vá.

E, a beber tanto Nespresso, não sei como não lhe tremelicou a mão. Não sei mesmo!

John Malkovich (*)
(*) Tentando provar que beber muito Nespresso não deixa a língua amarela.

(Eu gostava era que a fotografia não fosse a preto e branco...)

Lost in translation

Pedir um carioca (não posso beber café) num estabelecimento comercial pode ser meio caminho andado para um momento constrangedor… quando o empregado do café é brasileiro e ainda ninguém teve a amabilidade de lhe explicar o que é um “carioca”!

E como os brasileiros são safadinhos, houve ali um momento (que pareceu uma eternidade) em que o carioca (de carne e osso) não arredava pé e me lançava um olhar lascivo à “Martini Man” (embora estivesse mais para deputado Piririca).

E eu, senti as faces a aquecer (coisa que acaba por ser uma espécie de ciclo vicioso: sinto o calor nas bochechas, percebo que estou vermelha, fico envergonhada por estar vermelha, e isso leva-me a enrubescer em espiral…) porque não percebi a que se devia tal assanhamento despropositado. “Á sinhóra pedjiu o quê?”.

[Hã? Ai carago!]

- É um café sff!

[Prevejo uma insónia terrível para hoje à noite!]

sábado, 4 de dezembro de 2010

Ai que “módafócas”, esses controladores aéreos espanhóis

Fazem greve e, de repente, toda a gente se lembra que ontem, hoje ou amanhã, tinha de estar não sei onde a fazer não sei o quê. De preferência longe daqui, num destino glamouroso, jamais ao alcance do comum dos mortais que, quando muito, vai para Vila Nova de Foz Côa em Agosto e para Fornos de Algodres na Páscoa. Uma chatice!
Não fosse eu uma pessoinha do mais distraído que há e oferecia-me já para ir dar uma forcinha no controle do espaço aéreo de nuestros hermanos. Mas não, ninguém haveria de querer tal coisa. Um verdadeiro espectáculo de fogo-de-artifício no aeroporto. Mas mais barulhento e com fumo negro à mistura! E sirenes, muitas sirenes! E eu a dizer “ai ai ai ai”, com a fuça colada ao ecrã e as mãos na cabeça. Ou então como na imagem, o caos à minha volta e eu a tentar dizer "nó sê ló quê sê pássá?!... Qui és êstô?!"

Sobre a hipocrisia familiar (bem ao estilo da época natalícia)

A minha tia casou! Não houve boda, não houve vestido de noiva nem bolo, não houve sequer convites. A família está ofendida: “casou e não disse nada!”. Pois claro! Infernizaram-lhe a vida, fizeram-na sentir-se anormal por se ter “apaixonado depois de velha”, nem sequer quiseram conhecer o namorado, agora marido, e queriam tratamento VIP!
Ah ganda tia! Felicidades!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Aceitam-se sugestões para imobilizar o braço direito sem correr o risco de espetar o bólide num muro qualquer!

Gostava de perceber qual a razão (se é que há alguma) que leva a maioria dos camionistas deste país a apitar e a fazer sinal de luzes às mulheres que os ultrapassam! Desculpem-me os condutores de pesados que não sofrem deste distúrbio inquietante, este post não é para nenhum dos dois!
Haverá alguma mensagem pertinente por detrás de tal comportamento?

Será qualquer coisa do género…
«Olha-me só esta vaca que me está a ultrapassar com um carrito de merda que se eu quisesse dava uma guinada no volante e havia de ser bonito ver os gajos do INEM, com uma espátula, a raspar as tripas dela debaixo do meu chassi!»

Ou será antes…
«Oh minha ganda boazona… encosta o carrinho aí na berma que aqui o papá vai-te ensinar a “meter marcha-atrás” no camiãozinho que tu nunca mais vais querer outra “caixinha de mudanças”!»

Não sei! Até podem existir outras hipóteses, no entanto, qualquer que seja a razão (se é que posso usar semelhante vocábulo como “razão”), não gosto! É coisinha para me tirar do sério!

Para além de ser extremamente perigoso levarmos com uma apitadela monstruosa (daquelas de nos fazer saltar o coração até à boca e ficar a bater entre os dentes do maxilar superior e inferior) em plena ultrapassagem!

E, ainda por cima, esta prática comum entre a maioria dos condutores de pesados deste país, faz despertar (ainda que por breves segundos) a brejeira que mora dentro de mim! E confesso que a minha “resposta” acaba por ser um momento muito pouco elegante (que envolve o suave vislumbre do meu dedo médio por entre os bancos da frente). E não é bonito. Eu sei!

E é desgastante ter de fazê-lo tantas vezes quantas os máximos do camiãozinho se acendem, novamente, até que o dito veículo desaparece do ângulo de visão do meu retrovisor (momento em que, finalmente, recupero o juízo e volto a controlar os movimentos do meu braço direito, que há segundos atrás parecia possuído pela Gisela do “Masterplan”).

Figuras tristes, é o que é. Mas ele é que começou! E nem cheguei a saber o que ele queria. Se é que ele queria alguma coisa!?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Maratona de Cartas 2010 - Caso # 5: Um tunisino condenado à morte com base numa confissão feita sob tortura

A propósito disto!


President Zine El Abidine Ben Ali
Palais Présidentiel
Tunis, Tunisia




Your Excellency,



The case of Mr. Saber Ragoubi has been brought to my attention by Amnesty
International. Saber Ragoubi was among 30 people arrested in the area around
the town of Soliman, near the Tunisian capital, Tunis, who were convicted of
security related charges including conspiracy to overthrow the government, use
of firearms and belonging to a terrorist organization. He has been sentenced to
death for these alleged offences, even though the trial before Tunis Court of First
Instance was unfair, and his conviction based on confessions he told the court
he made under torture. Furthermore, no investigation into his allegations of
torture has been ordered by the court.



I, hereby, entreat your Excellency to commute Saber Ragoubi’s death sentence
and ensure he is treated humanely in prison.



I would also like to urge your Excellency to end Mr. Saber Ragoubi’s isolation
and allow him to meet with his family.



Moreover, I appeal to your Excellency to order a fair retrial for Saber Ragoubi and
all the men arrested with him and disregard any evidence obtained under torture
and other ill-treatment.



Yours Sincerely,

Maratona de Cartas 2010 - Caso # 4: Uma chinesa presa e torturada várias vezes por lutar pelos direitos das mulheres chinesas que querem ter filhos

A propósito disto!


WEN Jiabao Guojia Zongli
The State Council General Office
2 Fuyoujie
Xichengqu
Beijingshi 100017
People's Republic of China



Your Excellency,



The case of Mrs. Mao Hengfeng has come to my attention through Amnesty
International. Due to her work defending women’s reproductive rights and
victims of forced eviction and her support of human rights defenders, Mrs. Mao
Hengfeng has been repeatedly imprisoned and also repeatedly tortured.



I would like to appeal to your Excellency to release Mao Hengfeng immediately
and unconditionally.



I would also like to call on your Excellency to order a full and impartial
investigation into the torture and other ill-treatment that Mao Hengfeng has
suffered in custody, and bring those responsible to justice.



I would also like to entreat your Excellency to guarantee that Mao Hengfeng and
other human rights defenders will be free to carry out their peaceful and
legitimate activities without fear of arbitrary detention or harassment.





Yours Sincerely,

Maratona de Cartas 2010 - Caso # 3: Uma senhora guatemalense que sofre repetidas ameaças de morte por prestar apoio legal a mulheres vítimas de violação

A propósito disto!


Lic. María Encarnación Mejía de Contreras
Fiscal General de la República y Jefe del Ministerio Público
15ª Avenida 15-16, Zona 1, Barrio Gerona
Ciudad de Guatemala, GUATEMALA



Dear Attorney General,



The case of Mrs. Norma Cruz has come to my attention through Amnesty
International.



Norma Cruz and her colleagues at the Survivors' Foundation provide essential
services to women who suffer acts of violence. They run a crisis centre for
victims of sexual violence and offer support for those who are brave enough to
take action through the courts and bring those responsible to justice. As a result
of her work, Mrs. Norma Cruz has been repeatedly threatened with death since,
at least, 2008. Some of her relatives have also suffered threats and attacks.
Since May 2009, all the threats that Norma Cruz has received have been related
to Survivors’ Foundation’s provision of legal assistance in the case of a girl who
was raped.



In spite of her repeated calls for justice, no one has been brought to account for
these threats - Norma Cruz and other human rights defenders in Guatemala face
constant danger.



I would like to call on you to carry out a swift, full and impartial investigation
into the death threats against human rights defender Norma Cruz.



I would also like to, through you, urge the Guatemalan authorities to respect the
1998 Declaration on Human Rights Defenders, adopted by the UN General
Assembly, that highlights the state’s duty to protect human rights defenders and
to guarantee that they can carry out their work without obstacles or fear of
reprisals; and implement the recommendations issued by the UN Special
Rapporteur on the situation of human rights defenders on 16 February 2009.



Yours Sincerely,

Maratona de Cartas 2010 - Caso # 2: Uma senegalesa que desconhece o paradeiro do marido, depois de este ter sido levado pelo exército em 1999, por suspeitas de pertencer a um movimento de forças democráticas

A propósito disto!

Monsieur Cheikh Tidjane Sy
Ministère de la Justice
Building administratif BP
4030 Dakar
SENEGAL





Your Excellency,



The plight of Khady Basséne has come to my attention through Amnesty International.
On August 4 1999, Mrs. Basséne’s husband, Jean Diandy, was arrested by soldiers at
his home, because he was suspected of belonging to the Democratic Forces of
Casamance Movement (MFDC, Mouvement des forces démocratiques de la
Casamance). Another man arrested with Mr. Diandy was later released without any
explanation but Jean Diandy remained in detention.



Khady Bassène went looking for her husband in the military camp and at the police
station, but was unable to obtain any information on his whereabouts. On August 31
1999, she filed a complaint for the illegal arrest and detention of her husband. After the
inquiry was initiated, the case was dismissed by the court on August 7 2000; however,
Khady Bassène was not informed of this decision and was therefore deprived of the
right to appeal it.



Khady Bassène now lives in the outskirts of Ziguinchor. She is in poor health and too
weak to work. She is currently living in the house of a distant relative. Although this
relative had initially given his consent for her to live there without paying rent (without a
signed formal agreement), the owner has recently announced that he wants to move
back into the house. Hence, Khady Bassène is at risk of eviction and has nowhere else
to go.



Therefore I would like to appeal to your Excellency to order that the investigation into
the death of Jean Diandy is re-opened and the suspected perpetrators be brought to
justice. Khady Bassène wants to know what happen to her husband so she can grieve,
and to receive financial reparation for his disappearance so she can be financially
independent and live in dignity without fear of eviction. I would also like to call on your
Excellency to break the cycle of impunity regarding human rights violations in Senegal
at all levels.



Yours Sincerely,

Maratona de Cartas 2010 - Caso # 1: Um grupo de romenos desalojado à força e posteriormente realojado numa zona de potencial perigo tóxico

A prpósito disto.

Ráduly Róbert Kálmán
Mayor of Csíkszereda
Municipality of Csíkszereda
Vár tér 1. 530110, Csíkszereda
Harghita county
Romania

Dear Mayor,



It has come to my attention through Amnesty International that in June 2004,
around 100 Roma people were forcibly evicted from their home on Pictor Nagy
Street in a town called Miercurea Ciuc. Around 75 of them are now living in
metal cabins and shacks right next to a sewage plant. The conditions are
unsanitary and a horrible smell of human excreta hangs permanently in the air.
The Roma were told that the move was temporary, but nearly six years later, the
local authorities have no plan to relocate them to adequate housing. The rest of
the community evicted from Pictor Nagy Street is living by a garbage dump two
kilometres outside the town.



The families were removed from their home against their will and the authorities
did not follow the safeguards for evictions laid down by international law: they
were not given the opportunity to challenge the eviction decision and they were
given no opportunity to engage with the decision-making process and influence
their own future.



Therefore I would like to appeal to your Excellency to engage in a genuine
consultation with Roma living by the sewage plant in Primaverii Street and those
who moved next to the garbage dump, to identify a relocation site and alternative
housing which comply with the requirements of international and regional
human rights law and standard. Housing is a human right and alternative and
adequate housing for all Roma living on Primaverii Street should be provided,
regardless of the nature of their tenancy, in a safe and healthy location.
Furthermore, I would also like to call on your Excellency to devise a plan to
facilitate the integration of the Roma within the broader community of
Csíkszereda.



Yours Sincerely,

Maratona de Cartas 2010! Querem participar? (Porque os blogues também servem para isto!)

Todos os anos, a Amnistia Internacional (AI) reúne pessoas pelo mundo inteiro com um objectivo: denunciar casos de violação dos direitos humanos. Esta altura do ano é escolhida simbolicamente, uma vez que no próximo dia 10 de Dezembro se celebra o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

A violação dos direitos humanos acontece, quase sempre, no segredo, contando com o silêncio e o medo de quem é abusado. A Maratona de Cartas é isso mesmo: milhares de pessoas, no mundo inteiro, a escrever cartas para dirigentes parlamentares, presidentes de países, chefes de polícia, etc.

O objectivo é “entupir” as caixas de correio dos destinatários com milhares de cartas, mostrando que o mundo sabe o que se passa, que o segredo acabou!

No ano passado foram escritas em Portugal mais de 3000 cartas!

Para aqueles que estão em perigo, cada carta funciona como "uma voz na escuridão", dando-lhes conforto e esperança. E, nalguns casos, já ajudou a encontrar pessoas “misteriosamente desaparecidas”.
Todos os anos, a AI escolhe cinco casos (de acordo com a sua gravidade). Os deste ano acabaram de chegar à minha caixa de correio.

É só copiar a carta escrita pela AI, assinar e enviar.

Basta assinar o primeiro e último nome (e nem precisa de ser o nome verdadeiro, o importante é o número total de cartas e não quem a escreveu) e o nome do vosso país.

Se não puderem enviar (devido ao preço do selo) podem fazer chegar a(s) vossa(s) carta(s) à AI e eles enviam. Basta procurarem, na net, informação sobre um núcleo da AI perto da vossa localidade.

Pessoas que tenham dificuldade em escrever também podem imprimir a carta e assinar em baixo (embora manuscrita tenha maior impacto).

Nos próximos post’s vou publicar as cartas. Se quiserem participar…

Não custa nada e significa muito!

Esta campanha decorre até ao dia 10 de Dezembro!

Vá lá! Participem! É (quase) Natal, carago!!!!

Não aconteceu mais nada no país?

“Gosta de neve? / veio ver a neve? / é a primeira vez que vê tanta neve junta? / Foste tu que fizeste este boneco de neve? ...”

Catorze minutos deste tipo de “notícias”… Enjoa um bocadinho.

Ok, é bom não ouvir falar de crise, FMI, OE, apertar o cinto, austeridade, etc. etc., durante uns minutos, mas já chega de neve, carago!

Imaginem o tédio dos noticiários em Sonnblick.

13h 18m – já começaram a falar no corte das reformas. Esta minha grande boca…

Quero vizinhos normais, daqueles que tocam para pedir açúcar e sal!

Triiiim triiim…
Vizinha nova (encostada à parede): Olá...
PFIA: Olá…
Vizinha: Pode levar-me ao hospital?
PFIA: Claro! Está mal disposta?
Vizinha: Tomei uma caixa de comprimidos…
PFIA: Hã?
Vizinha: Sim, pra morrer…
PFIA (em panic mode): O quê?

Procura de chaves, mala e outros objectos de extrema importância e em pouco menos de cinco minutos… carro… hospital.

Enquanto estava na sala de espera do hospital, e depois de perceber que a coisa não era tão grave assim, apeteceu-me ir lá dentro, procurá-la e dar-lhe um par de estalos, bem dados!

Parece que já é conhecida no hospital por este tipo de actividades circenses. Ainda tive de levar com o marido (que foi lá ter) a justificar-se que aquilo não era por causa dele, era por causa “das inseguranças dela” e que passa pouco tempo em casa, por causa do trabalho, e que no dia anterior tinham discutido... blá blá blá blá...
Oh que carago (agora apeteceu-me mesmo ir a direito)! Isso quer dizer que daqui prá frente, serei uma espécie de ambulância privada? Que devo elaborar um plano de emergência, altamente eficaz, para quando a campainha tocar? Será conveniente dedicar os meus tempos livres a fazer simulacros para melhorar o meu tempo de resposta? Alguém se oferece para fazer de "vítima"?

terça-feira, 30 de novembro de 2010

José Sócrates licenciou-se em Coimbra! Não sabiam?

O site da Columbia University diz o seguinte sobre José Sócrates, o nosso primeiro:
He was born in 1957 and spent his early years in the city of Covilhã. At the age of 18 he went to Coimbra, where he earned a degree in civil engineering. He received an MBA in 2005 from the Lisbon University Institute.

Coimbra????!!!!!!!!!???????

O mais grave é que, segundo o site, estas informações foram dadas pelo Gabinete do Primeiro Ministro!


Eu vi o Mourinho perder um jogo e sobrevivi!

É só isto!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Insólitos “santa terrinha”: vou ao quintal apanhar azeitonas e saio de lá com uma cobra enroscada na perna?!

Hoje cai neve na “santa terrinha”. Nada de anormal, a “santa terrinha” fica bem lá em cima (no nuorte) e estamos no final de Novembro. O que não me parece que seja muito normal é, há apenas duas semanas atrás, num dia solarengo, a vizinha dos meus pais gritar por socorro, no quintal, porque tinha uma cobra enroscada na perna!

[Arrepio que me impede de teclar durante uns segundos, esperem um pouco!]

A senhora foi ao quintal apanhar umas azeitonas, pisou uma coisa que se mexeu e, às duas por três, sentiu um aperto desconfortável na perna. Quando olhou para baixo e viu a dita “escomungada” (o meu pc não sabe o que é "escomungada") entrou em pânico e vá de gritar e sacudir a perna. E gritou mais e sacudiu ainda mais a perna! Lá se conseguiu livrar da bicha e fugiu para casa apavorada. Quando os seus “salvadores”, finalmente, chegaram (a locomoção rápida já não mora por ali) já não viram bicha nenhuma!
Eu nem sei o que é mais perturbador: se a bicha andar por ali nesta altura do ano (as alterações climáticas baralharam a marmita da bicharoca) se o facto de nunca mais a terem visto (e abespinhada que ela era)!? Onde andará ela agora?

A vida na “santa terrinha” afinal não é assim tão tranquila! Este episódio a juntar a outro, uns dias antes, em que outro vizinho viu um milhafre em voo picado, vai acima vai abaixo três vezes, e das três vezes abocanha uma galinha, faz um qualquer programa do canal Odisseia ou Discovery parecer uma novela portuguesa (daquelas em que nunca acontece nada... Aah... pois é, são todas!).

Talvez seja melhor começar a prestar atenção aos ensinamentos do Bear Grylls. Eu até sou mais da geração MacGyver mas não me parece que o know-how do engenhocas me fosse valer de muito numa aflição no mundo selvagem.

Previsão para uma qualquer manhã das férias de Natal: acordo com o cantar do maldito galo tenor, subo a persiana e dou de caras com o Bear Grylls pendurado no azevinho do jardim, a comer a cobra abespinhada!

[Outro arrepio!]

"Está a nevar. Beijinho."

Diz a sms da minha mãe!
Falhei a neve por 24h - que sorte!
Brrrrrrrr [frio psicológico]

É incrível como o nosso organismo se adapta ao clima de uma região. Quando, no auge dos meus 18 anos, fui viver para Lisboa, achava incrível as pessoas usarem casacos grossos, gorros, cachecóis, etc., quando eu ainda andava de blusa ou t-shirt. "Que gente fraquinha", pensava eu, "lá na santa terrinha não escapavam a Janeiro". Agora sou uma autêntica flor de estufa. A única maneira de não ficar constipada, quando vou lá, é não sair de casa, ou melhor, não arredar pé da lareira. E pensar que as pessoas lá, mesmo com temperaturas negativas, não deixam de ir beber o seu cafezinho após o jantar. São loucos! "Andas muito fraquinha" dizem-me eles. Onde é que eu já ouvi isto?
As pessoas que não vivem em regiões frias acham imensa piada à neve (oh, até é giro) mas não sabem como é difícil viver numa região assim. Dar três passos e cair, ter de voltar para trás para mudar de roupa. Ou então, perder 10 minutos a tirar o gelo do vidro do carro e começar a perder a sensibilidade nas mãos. Ou abrir a torneira da casa de banho e não sair água porque está congelada nos canos.
É bem diferente de ir à Serra da Estrela, atirar umas bolinhas aos amigos, e voltar para casa no final do dia.

Ok, quando eu era miúda e a escola fechava por causa da neve, era outra conversa! E, além disso, o meu organismo ainda não tinha sido "corrompido" pelas temperaturas amenas da capital.

Fala-se do aquecimento global  e dos seus efeitos nocivos mas parece-me que em Portugal, por ser uma região temperada, a principal alteração será o acentuar do contraste entre a estação quente e a estação fria. E isso é que me preocupa! Um lapão já sabe com o que pode contar (e a camada adiposa que tem debaixo da pele parece-me ser uma ajuda preciosa). Um africano também (e tem lá as suas adaptações ao calor, que eu não tenho!). Mas nós, aqui no jardim à beira-mar plantado, tanto levamos com máximas de 40 graus no Verão, como com temperaturas negativas no Inverno (e nem sequer estamos no Inverno).
Está visto, não tenho grandes hipóteses contra as amplitudes térmicas acentuadas. O mais certo é "não chegar a Janeiro".
Pelo menos, este futuro, que não se afigura nada promissor, tem um aspecto positivo: não tenho de me preocupar com a falência da segunrança social. Não me parece que vá chegar à idade da reforma.
Reina o optimismo por aqui, e a culpa é da mãe que mandou sms tão perturbadora. E a parte do "beijinho" parece-me, agora, sarcástica.

Agora percebo o sonho que tive esta noite: eu e a minha mãe numa casa velha, um cão que insistia em entrar para me filar, eu empurrava a porta com todas as minhas forças e gritava "mãe... mãããeee...", e ela nada!

[Este post parece a Zara em dia de saldos! Muita coisa, qualidade duvidosa, não se percebe bem a que secção pertence o conteúdo e eu vou-me pirar sem rever nada!]

domingo, 28 de novembro de 2010

Braga Parque ao rubro!

Não sei onde tinha a minha cabeça quando resolvi fazer um desvio, na viagem, para ir lanchar ao dito estabelecimento comercial.
Foi agradável percorrer os vários pisos do parque de estacionamento a passo de caracol, na esperança de encontrar um lugarzinho livre.
Adorei o pânico de nunca mais chegar a uma saída, depois de ter chegado à brilhante conclusão de que queria sair dali o mais depressa possível!

Ok, Domingo à tarde… falta um mês para o Natal. Exactamente: FALTA UM MÊS para o Natal!

Oh gente da minha terra: Falta um mês para o Natal, carago!

Sobre a menina Rita e seu vestido decotado

Não sei até que ponto aquele decote não foi uma manobra para desviar as atenções da barriguita. Ou a menina está grávida ou então o facto de ter mudado de ares (de LA para NY) baralhou-lhe o trânsito intestinal! Eu, quando viajo também fico com uma barriguita assim, mamas é que não. Temos (tenho) pena!

O silêncio da independência

É perturbador. Amanhã voltará tudo ao normal mas agora, nas primeiras horas, incomoda. Acordei numa casa cheia de pessoas e vou adormecer numa casa vazia, silenciosa. Essas pessoas são tudo para mim, mas ter a minha casa, o meu espaço, a minha vida, implica viver longe delas.
Amanhã de manhã, quando o despertador tocar, vou ficar um segundo a pensar “onde estou?”. Vou piscar os olhos uma vez e perceber que voltou tudo à mesma rotina de sempre. A rotina que eu escolhi, que me faz sentir adulta, independente, mas que hoje tem um travo amargo.

PS: A uma velocidade média de 120km/h, a “santa terrinha” ficou (ainda) mais longe! Maldita multa :S

[Sem o pijama polar não teria sobrevivido às temperaturas agrestes deste fim-de-semana!]

sábado, 27 de novembro de 2010

Plano para sobreviver, à próxima noite, no Pólo Norte

sem arriscar deslocar a anca, na cama, durante a complicadíssima manobra de virar da direita para a esquerda e vice-versa:
Lençóis polares - done
Pijama polar - done
Mais um edredão (juntinho ao corpo) - done
Saco de água quente - done
Menos três* cobertores do que na noite passada - done

Espero não ter exagerado… é que não me dou nada bem em saunas!

* Ainda sobraram outros 3 :)

Fim-de-semana na "santa terrinha"

Quando acordei de manhã e abri os olhos, demorei um nanossegundo a perceber onde estava. Quando o cérebro processou a imagem captada pelos olhos, fui invadida por uma sensação muito boa: “Estou no meu quarto!”
E depois lembrei-me dos donos que este quarto já teve. Primeiro foi do meu irmão, depois acolheu os meus avós maternos na velhice, depois foi só do meu avô e, mais tarde, esteve vazio durante vários anos. Agora é meu, e está vazio a maior parte do ano.
Depois de arranjar uma táctica eficaz para me conseguir virar na cama, devido ao peso dos (muitos) cobertores, dormi como um anjinho. Não fosse aquele galo cantar às 9h da manhã (aquele malvado) e ainda estaria a dormir a esta hora.
É bom estar aqui!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Não fosse hoje um dia tão especial... e esta multa fazia mossa!

E hoje é um dia especial... porque a MELHOR mãe do mundo faz anos!!!!!!!!!!!!

Parabéns para ela!!!!!!!!!!!

Ok! Vocês acham que a vossa é melhor... tudo bem, quando a vossa fizer anos eu permito (mas só se não for hoje!)

Karma? *

Há uns dias tive de contar uma mentirinha para me escapar a uma coisita. Entretanto já tive de contar outras mentirinhas para sustentar a primeira. A sensação que tenho é que as mentirinhas são uma espiral a rodopiar à minha volta, prestes a sugar-me!

Isto vai acabar mal. Eu não tenho grande jeito para fantasiar e, a determinada altura, já não sei o que disse a quem (maldita a hora em que isto começou).

Anyway… a última mentirinha de apoio que tive de dizer foi hoje, ao fim do dia.

Quando entrei em casa, vinha a subir as escadas e a pensar com os meus botões “tu não és uma pessoa má… estas mentirinhas não prejudicam ninguém…”, até olhei para cima (imaginando que falava com Ele – ou seja lá o que for) e disse baixinho “não me castigues que eu não sou má, não me castigues por favor, por favooooor”…

10 minutos depois o telemóvel toca…

Pai: Olá, está tudo bem?
Eu: Olá pai! Sim, está tudo bem! Que surpresa…

(blá blá blá… conversa típica entre pai e filha que não se vêm pessoalmente há quase três meses…)

Pai: Olha, chegou uma carta para ti… É uma multa da PSP… de 120€…

(Hum)

* Só pode ser! Ora, se a Margaridinha, essa monstra incontornável da nossa pseudo literatura, diz que não há coincidências, não sou eu que a vou contradizer… carago!