Para mim teriam uma grande utilidade: espreitar as coisas antes de meter lá a mão e, assim, poupar algum tempo de busca e alguns nervos. Talvez melhorasse até o vocabulário empregue durante a busca, sobretudo quando o objecto que procuro é o telemóvel que não pára de tocar, a não ser quando estou prestes a resgatá-lo no meio dos outros 345 objectos inúteis que coabitam com ele. Mas, ainda assim, não compensa o facto de toda e qualquer pessoa poder vislumbrar a jabardice que vai lá dentro. E depois há aquele bichinho voyer dentro de mim que, perante uma mala transparente, desperta e toma conta do meu senso de boas maneiras. Tudo culpa do meu handicap na organização de interiores de malas, que me leva a tentar retirar ensinamentos daquele momento que se prevê fugaz. Quando dou por ela já estou com um olho a controlar a distração da dona da mala e com o outro a fazer uma revista rápida pelo conteúdo. Tudo em nome do conhecimento, claro. A tentar estabelecer um padrão de comportamento nas pessoas que têm coragem para sair à rua com as intimidades a descoberto. Sim, porque eu não acredito que nos dias de mala transparente, os itens que se mandam lá para dentro sejam os mesmos dos dias de mala não-transparente. Não acredito, pronto!
Eu tb não acredito. Acho que as malas transparentes não esconderiam muitas das "bergonhas" que transportamos connosco. Sim porque, quando mudo de mala, acontece-me sempre deixar mais do que metade dos objectos na anterior. Isto, só por si, é vergonhoso, porque sei que metade das coisas não têm utilidade. Enfim, gajas...
ResponderEliminarMas se não as levares vais sempre a pensar "que chatice que se aquilo me fizer falta não tenho aqui"... Mas nunca (ou quase nunca) faz... Totós! :)
ResponderEliminarTotós :) É verdade. Mas sabes que as mulheres são assim... preferem prevenir-se...
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