quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mal dou a última pincelada...

Apodera-se de mim uma urticária generalizada - mais ao menos desde o couro cabeludo até aos dedos dos pés. É um sofrimento que, no seu auge, só encontrará par numa qualquer sala de interrogatório chinesa, onde se pratique uma qualquer tortura capaz de chibar a própria mãe. O que me vale é que, morando sozinha, posso permitir-me a ficar em posições extremamente embaraçosas para conseguir coçar-me, até sentir aquela dor esquisita que indica que já se coçou o suficiente, e que estamos prestes a rasgar a pele. Neste complicadíssimo processo conto sempre com a preciosa colaboração de um móvel ou de uma ombreira de uma porta. 
Ainda não delineei uma estratégia eficaz para aquelas ocasiões em que, ao invés da comichão obsessiva-compulsiva, sou acometida por uma bexiga prestes a explodir. Uma bexiga que cinco minutos antes estava perfeitamente sossegada e, de repente, acorda prá vida. Não me parece que uma algália seja a solução para os meus problemas. Pessoas que vivem sozinhas padecem, muitas vezes, do síndrome de ai-se-me-dá-aqui-uma-coisinha-má-ainda-me-encontram-praqui-toda-desfraldada... Não gosto da imagem mental em que a minha pessoa é encontrada pelos paramédicos, a meio do complicadíssimo processo de pintar as unhas, e com uma algália a reboque. Olhó níbel!

5 comentários:

  1. E nunca pensaste que pode dar-te uma "travadinha", precisares de chamar o INEM, e não conseguires fazer o dial do 112? Assim do género, dar-te um espasmo generalizado em que só consegues mexer os olhinhos e olhar para o telemóvel, e desejar que tivesses programado o comando de voz? É do caraças...

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  2. Não R., nunca tinha pensado nisso (obrigadinha, sim?)...

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  3. Para mim nada como a bela da bexiga selvagem! Nada melhor!

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  4. Bexiga selvagem? Filipe, 'bais ter que explicar isso melhor...

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