quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Mulher Invisível sou eu.

Junk food é algo que facilmente confundo com um manjar dos deuses, se misturar uma saída tardia do trabalho com o cansaço correspondente e a falta de paciência para cozinhar. A não existência de pequenos seres dependentes da minha pessoa também é um elemento de extrema relevância nesta equação que, quase sempre, me leva até ao macdrive cá da terra. Depois de esperar dois ou três minutos em frente à maquineta falante começo a ficar desconfiada que alguém se esqueceu de lhe mudar as pilhas, ou que a bichinha está afónica. Obviamente, são o cansaço e a fome que me levam a ter estes pensamentos extremamente idiotas, por isso aguardo mais uns momentos. A fila avança à minha frente e acumula-se atrás de mim. Consigo notar uma expressão pouco amigável no rosto da pessoa que espera atrás de mim. Pronto, a bichinha está out - concluo e avanço. Quando finalmente chego ao cubículo onde se encontra a criatura de carne e osso, sou confrontada com uma pessoa de braço ao peito e ar ganzado. Tento abstrair-me daquela figura - que em nada se coaduna com a (supostamente) exigente política de recrutamento de pessoal do dito estabelecimento - e concentro-me no pedido que ele me repete (3 ou 4 menus de não sei quê), para confirmar se é meu. Hum, não é meu. Nem poderia, a menos que a criatura possuísse o poder da adivinhação. Mas não, aquilo é mesmo só um ar ganzado. Escolho palavras de fácil interpretação para lhe explicar rapidamente que durante a longa espera em frente à maquineta, não me foi perguntado nicles. A criatura de carne e osso bloqueia. Apeteceu-me estalar-lhe os dedos à frente da cara e dizer-lhe hellooo?, mas contive-me. Talvez também precisasse de pilhas novas. Finalmente a criatura fala: Se eu não anotei o seu pedido é porque a senhora não parou em frente à máquina. Naquele momento todo o sangue, que (regra geral) circula ordeiramente no meu corpo, sobe-me à cabeça. Os olhos abrem-se a ponto de temer que as órbitas me saltem. Ainda assim, o meu discurso mantém-se num registo aparentemente calmo e repito a explicação. A criatura riposta, enrolando as palavras: Eu tenho estado a controlar aqui na câmara e não a vi. Adeus calma! Está a chamar-me mentirosa?!!! E o raio da criatura nada... (...) e nada, ainda... Foi aflitivo vê-lo fazer várias tentativas de dizer qualquer coisa e... nada. Nem um único som. Não me parece que se possa aplicar aqui a teoria do Síndrome de Estocolmo mas, incrivelmente, este episódio acaba comigo a abandonar a fila, depois de lhe dizer: Olhe, sabe que mais? Adeus. Será que ele sabe que isto é código para: DEIXA AS DROGAS, Ó SEU MONTE DE MERDA!!! (?)
Querido macdrive cá da terra: está tudo acabado entre nós. Pelo menos, enquanto eu conseguir resistir a um wrap de frango e bacon. Arghh.

4 comentários:

  1. Que má experiência amiga!
    Comigo, depois de ter trabalhado alguns anos ao lado do MacDonald enjoei de tal forma o cheiro que não entro num a menos que seja obrigada.

    Arghh!!!!!

    PS - estou solidária contigo no...
    DEIXA AS DROGAS, Ó SEU MONTE DE MERDA!!!

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  2. Confessa...fizeste de propósito!! Haha :)

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  3. Só contigo!!!! ahahahahah
    Mas visto que ele tinha o braço ao peito estaria a tomar drogas legais...enfim.
    Comigo faria-lhe o pedido ali mesmo, depois de uma descasca como a tua, e, com o ar 33 e ele teria de o fazer com bons modos, se não, era queixa na certa!!!! lol

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