quinta-feira, 21 de abril de 2011

O pastor que quer ser lobo

Acho amorosa (digamos assim) a forma como certas pessoas, que mal sabem ler e escrever, enchem o peito de ar para dizer que querem ser o próximo chefe do governo português. E fazem-no não por brincadeira, o que nesse caso até seria de relevar (embora a coisa não esteja para brincadeiras), mas com a convicção de que são a salvação do país, de que conseguem tirar esta geração e a outra da lama. Numa espécie de pré-campanha eleitoral, deixa-se fotografar enquanto pede as assinaturas que lhe permitirão fundar o PPD - Partido dos Portugueses Descontentes - e posteriormente (penso eu) oficializar a candidatura a São Bento. Diz que vai «baixar os impostos, exportar o máximo possível e importar o mínimo» e acrescenta «vou pôr a agricultura a funcionar como no tempo do Salazar.» Hã?
De facto o país precisa de ser mais competitivo, de aumentar o PIB, etc., etc., mas isso talvez tenha melhores hipóteses de acontecer quando toda a gente deixar de cobiçar a cadeira do poder e arregaçar as mangas pra dar no duro.

2 comentários:

  1. Isso e... É melhor não dizer mais nada! Vou ali ver se isto tudo não passa de uma realidade paralela. ***

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  2. Pois eu acho que a única coisa dura onde conseguem dar, é na droga. Ou na bebida, porque é preciso estar completamente embriegado para dizer tantas barbaridades.

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