sábado, 5 de fevereiro de 2011

Dumba + Mimosa= ? [Djaló e Luciana já estão a tratar da fusão]

Sou, assim, um pouco como os elefantes. Não no que toca a trilhar caminhos pela imensidão da savana africana, sem correr o risco de ir parar ao Sara ou ao Calaári. Aí, graças ao meu sentido de orientação muito próprio (que é como quem diz: completa ausência dele), estaria tudo perdido. Quem observasse, ao longe, uma manada liderada por mim, facilmente pensaria que se tratava de um suicídio colectivo – quando visse os elefantes a cair, um por um, numa qualquer falésia. Esqueçamos esta chacina.
Apesar da minha incapacidade para memorizar itinerários (mesmo sem o incómodo das ervas a darem-me pelo nariz), tenho, todavia, uma enorme dificuldade em esquecer uma desfeita. Talvez seja uma “Dumba” com memória selectiva.

Ou então, agora que penso melhor no assunto – e por muito que me custe admitir – talvez eu seja mais parecida com uma vaca. Neste caso, a desfeita será mais como aquela bola de erva que a vaca engole, esófago abaixo, e horas mais tarde rumina, para depois voltar a engolir. Mas a desfeita é-me de uma digestão extremamente difícil. Talvez eu precise de ácidos mais eficazes no aparelho digestivo das desfeitas.

Já sabem! Se me desfeitearem, daqui a cem anos, qualquer barulho de castanholas no cemitério onde repousarão os meus restos mortais... será, na realidade, o meu esqueleto a chocalhar, enervado, no túmulo. Quem sabe se não se ouvirão castanholas no Panteão Nacional?...

Imagem: Google Search

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