quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O amor não é só cego, também tem Alzheimer!

Parece que alguém se apaixonou pelo meu carro. Eu não sou muito apegada aos bens materiais, mas o que é certo é que aquele bilhetinho no pára-brisas, incomodou-me! Não são ciúmes (ou isso ou, então, estou em negação!) mas temo que, por via da vaidade comum de quem se sabe amado secretamente, o meu bólide comece a ter um desempenho abaixo do esperado.
Por isso, estou empenhada em boicotar este amor e, para começo, decidi que, tão cedo, não te volto a lavar. Vou deixar acumular o lixo no teu interior até que me seja difícil meter mudanças. E, se a coisa ficar feia, não terei qualquer pudor em abastecer-te de combustível numa bomba de hipermercado.

Meu querido popó! Se circulares por aí cheio de pó na tromba, com as entranhas a abarrotar de lixo e a fazer barulhos esquisitos… eu quero ver se te continuam a deixar bilhetinhos amorosos no pára-brisas.


[Ainda estou para saber qual foi a tua característica particular que despoletou este amor. Já não és propriamente novo, pneus assim a puxar para o careca (já para não falar desses riscos na chapa que devem ser cá um turn off que não te digo nem te conto) e, mesmo assim, andas por aí a partir corações. Realmente o amor é mesmo cego!]

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