Ora quem é que nunca teve um daqueles dias (absolutamente) pavorosos, em que parece que o universo inteiro conspira contra nós?
Dias em podíamos jurar que até os desconhecidos que se cruzam connosco na rua nos lançam um olhar sarcástico (como se soubessem dos pormenores do nosso dia de m*rda e nos quisessem escarrapachar na tromba a felicidade suprema que inunda as suas vidas). E quem é nunca teve de conter o impulso altamente animalesco de partir a face de tais personagens errantes que, no íntimo do nosso ser perturbado, parecem saber que a fotocopiadora esteve encravada a tarde toda, que a máquina do café lerpou e que a 10 minutos da hora de sair nos deram mais uma pilha de coisas urgentes para rever?
Ai que se não chego a casa depressa desgraço a minha vida e depois quem é que me leva cigarros e chocolates à choldra?
(…)
Felizmente, há pessoas na minha vida que me mantêm ligada ao mundo real (normalmente consigo chegar lá sozinha, mas hoje estava difícil – tal era o azedume!) quando me mandam coisas deste género:
E em pouco menos de dois segundos, percebemos que os dias de outros foram, seguramente, muito piores do que o nosso!
O nosso, encarado com menos azedume, tinha tudo para ser perfeito… Mas agora já passou!
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